
Desespero de Otamendi, que enviou uma bola aos ferros da baliza do Leverkusen
Foto: Mário Vasa
Encarnados assinam uma boa primeira parte, mas falham estrondosamente na finalização e perderam com o Leverkusen. Quarta derrota seguida e calendário difícil deixam equipa ligada à máquina do "milagre".
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Num jogo em que lutavam pela sobrevivência europeia e a possibilidade de ainda sentir alguma esperança de lutar pelo play-off da Champions, as águias voltaram a cair na Luz, agora diante do Leverkusen (0-1). A quarta derrota consecutiva deixa os encarnados praticamente à espera de um milagre para ainda chegarem ao patamar do apuramento.
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Os benfiquistas até assinaram uma exibição com algum nível, principalmente na primeira parte, num duelo jogado a um ritmo vivo e intenso. A equipa revelou alguma falta de harmonia e critério em várias ocasiões, mas denotou fibra, vontade, determinação e alguma classe, essencialmente de Sudakov. Foi melhor em muitos momentos, gerou oportunidades, mas esbanjou mais de uma mão cheia perante o desespero da Luz. Pavlidis e Lubekakio foram personagens principais de um mundo de desperdício que deixa a equipa quase sem futuro na prova.
Os dois conjuntos entraram a pressionar de forma audaz, mas os alemães revelavam facilidade e mecanização a sair, antes que as águias apertassem o colete de forças. Maza foi o primeiro ameaçar e Lukebakio era o agitador e grande aposta dos lisboetas. O belga atirou à barra e pediu o apoio da Luz. A equipa ainda viveu alguns minutos com o ânimo desse lance, mas mais na entrega e na luta. Depois recuou, perante a ineficácia da pressão, e tentou aproveitar o espaço nas costas da defesa germânica.
Numa posição mais cautelosa, Barreiro e Otamendi ameaçaram no jogo aéreo, muito por culpa de Sudakov, que revelava visão de jogo e precisão no passe. O argentino levou bola à barra e, já depois de Poku falhar com a baliza aberta, os encarnados desperdiçaram as melhores chances. Lukebakio, Pavlidis e Otamendi perderam a batalha com Flekken.
A segunda parte começou com Pavlidis a esbanjar nova chance e o nível de desperdício da equipa não augurava nada de bom. O duelo entrou numa fase mais morna, mas os alemães aproveitaram a melhor qualidade na capacidade de progressão para marcarem por Patrick Schick, assistido por corte infeliz de Dahl.
Mourinho lançou Dedic, Prestianni, Schjelderup, para tentar dar nova vida ao Benfica, mas as águias sentiram a adversidade. Houve muito coração, pouca cabeça e organização no provável adeus à Champions. Sem marcar é impossível ganhar.
