Pavlidis faz hat-trick em noite em que Benfica esteve a vencer por dois golos, em duas ocasiões, e viu Raphinha selar reviravolta dramática nos descontos.
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Do céu ao inferno em menos de vinte minutos. Benfica e Barcelona fizeram história na décima batalha entre ambos, que terminou com um impensável 4-5 para os espanhóis, que garantiram os oitavos na penúltima jornada do novo formato da competição.
Num jogo vibrante, frenético e entusiasta, com mais de 63 mil adeptos na Luz, os encarnados entraram electrizantes e assinaram uma primeira meia hora demolidora, chegando a vulgarizar os catalães e a estar a vencer por 3-1. Lage estudou bem Flick e a forma de atacar de um rival no limite do risco e sem rigor defensivo para a energia, qualidade e empolgamento do onze da Luz.
A vantagem de dois golos manteve-se no segundo tempo, embora com mais um para cada lado. Tudo se conjugava para um final feliz para as águias, só que os catalães nunca desistiram e deram a volta num final trágico e talvez imerecido. Di María ainda ameaçou manter essa felicidade, mas, no fim, Raphinha gelou a Luz.
O Benfica assinou uma entrada épica com um golo que acentuou a atmosfera escaldante das bancadas. Pavlidis quebrou um jejum longo. O lançamento de Tomás Araújo e o cruzamento de Carreras, que antecederam a ação do grego, mostravam o caminho para explorar uma linha defensiva do Barça muito subida. Os catalães sentiram a atmosfera, mas até empataram sem criar grandes ocasiões, depois de uma precipitação de Tomás Araújo.
Da fase de sofrimento, o Barça passou a controlar um Benfica algo tímido, mas confiante no plano. Otamendi lançou Akturkoglu e, na autoestrada para a baliza catalã, Szczesny e Balde chocaram com aproveitamento de Pavilidis. O tento incendiou as bancadas e renovou a bateria das águias, que ampliariam a diferença, de novo pelo grego, de penálti.
No segundo período, o Barcelona regressou forte e empurrou as águias para área. No meio das ameaças, parecia que quem marcasse primeiro podia escrever a narrativa final. Raphinha foi feliz, numa ação caricata de Trubin, só que Araújo também enganou Szczesny. A diferença de dois golos desapareceria na parte final, com os golos de Lewandovski (78) e Eric Garcia (87), tendo Raphinha gelado a Luz (90+6) na sequência de uma queda de Barreiro na área, em que se pediu penálti.