Tem 48 anos, nasceu no Catar e, no passado, foi tenista profissional. Al-Khelaïfi comanda um império dos média e tem uma ampla rede de contactos. A partir desta segunda-feira passa a ser um dos nomes fortes da SAD do Braga. Conheça-o melhor.
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Quem diria que aquele que foi um tenista banal, hoje em dia seria um dos nomes fortes do futebol mundial? Difícil de prever, mas verídico. Esta é a história de Al-Khelaïfi, presidente do Paris Saint-Germain (PSG) e da Qatar Sports Investments (QSI) que, esta segunda-feira, anunciou a compra de mais de 20% da SAD do Sporting de Braga.
Nascido e criado numa família de classe média do Catar, Al-Khelaïfi fez carreira no ténis, desporto onde não se deu muito bem. O máximo que conseguiu alcançar foi a 995.ª posição do ranking mundial - ganhou 28 jogos e saiu derrotado em 73 -, mas a sorte que não teve dentro de court (apenas ganhou perto de 20 mil euros em prémios), acabou por aparecer fora dele.
Tudo começou a ganhar forma quando a amizade com Tamim bin Hamad al-Thani, o emir do Catar (na altura ainda o príncipe herdeiro) lhe permitiu desenvolver uma vida social de elite. Discreto e avesso a ostentações, Al-Khelaïfi foi sempre descrito como alguém educado e amável. A tal amizade permitiu que se tornasse líder do Qatar Investment Authority. Como se não bastasse é, igualmente, CEO da BeIN Media Group, um império dos media que conta com uma rede de canais espalhada por 30 países no Médio Oriente, norte de África, Europa, Estados Unidos e Ásia.
E acabou por ser esta polivalência, com uma personalidade perfeitamente virada para as relações humanas, que o colocou no topo do futebol mundial. Conhecido pelas excêntricas transferências de Neymar (a maior da história do futebol por 222 milhões de euros) e Kylian Mbappé (180 milhões), Al-Khelaïfi transformou-se de tenista banal a terceira pessoa mais influente do Catar. Uma bagagem de luxo e ao nível de poucos, que poderá ajudar o Sporting Clube de Braga a atingir patamares onde nunca chegou.