Se ser considerado, em 2001/02, o melhor ala português da Liga bastou para deixar José Manuel nas nuvens, imagine-se o orgulho deste antigo futebolista quando, nas épocas seguintes, triplicou o feito. "Foram momentos marcantes na minha carreira", resume, ele que, aos 42 anos, trabalha numa empresa de logística e vê as memórias da bola pelo retrovisor.
Corpo do artigo
As duas primeiras distinções recebeu-as ainda no Paços de Ferreira, anos depois de ter ajudado os castores a subirem ao primeiro escalão, mas as boas exibições estenderam-lhe a passadeira para o Boavista, ainda a gozar os louros do inédito título de campeão.
"Foi uma mudança grande. Pude jogar com nomes como o João Vieira Pinto e o Toñito e logo na primeira época chegámos a estar no primeiro lugar. Além de que, no Paços, estava habituado a que os jogos fossem transmitidos na televisão só quando jogávamos com os grandes. O Boavista era outra montra", recorda, carinhosamente, a propósito de três épocas nos axadrezados que lhe renderam 96 jogos, 22 golos e uma mudança para o Braga... sem final feliz.
"É um episódio que me deixa triste. Foi o ano em que rendi menos", assume, antes de agradecer ao homem que lhe devolveu a alegria: José Mota. "Fizemos uma campanha extraordinária [2008/09]. Ganhámos no Dragão, em Alvalade e ainda eliminámos o Benfica, na Taça de Portugal. Nem o presidente contava que fosse tão bom", diz, de coração cheio.
Passe Curto
Nome: José Manuel da Silva Fernandes
Naturalidade: Braga
Idade: 42 anos (22/02/1975)
Clubes que representou: Fraião, Caçador das Taipas, Paços de Ferreira, Boavista, Braga, Leixões,
Trofense, AFC Martim