O lateral foi um dos seis sobreviventes do desastre aéreo que vitimou a Chapecoense no passado mês de novembro.
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Alan Ruschel está de volta à terra natal, no Rio Grande do Sul, e deu uma entrevista à TV Globo, onde recordou o acidente aéreo que, no passado dia 29 de novembro, fez 71 mortos entre a comitiva da Chapecoense, que se preparava para jogar a primeira mão da Taça Sul-Americana.
"Estou bem, feliz por estar vivo. É uma mistura de sentimentos, porque estou feliz por poder estar perto de quem eu gosto, vivo, poder estar andando, e ao mesmo tempo tenho aquela sensação de perda, porque perdi muitos amigos. O Danilo - guarda-redes falecido no acidente - era um "cara" que eu andava para cima e para baixo. Ele e o Follmann", afirmou, antes de explicar como se salvou.
"Lembro que eu estava sentado no fundo, nas três últimas poltronas, e olhei para o Follmann. Ele me chama de Rato, e disse: 'Rato, senta aqui'. A gente se conhece desde 2007, então saí do meu lugar e fui sentar com ele. Ele estava a salvar a minha vida", referiu o lateral, que sofreu uma fratura vertebral e outras lesões menos graves.
Ruschel esteve em risco de ficar paraplégico, mas foi operado com sucesso na Colômbia e até já fala de um eventual regresso ao futebol.
"Pelo que conversei com os médicos, acho que volto a jogar em uns cinco, seis meses. Preciso de três meses para calcificar bem a coluna e, depois, recuperar a massa muscular. Emagreci muito, perdi nove quilos", contou.
Jogo de homenagem
Entretanto, a Confederação Brasileira de Futebol confirmou, ontem, que vai defrontar a Colômbia no dia 27 de janeiro do próximo ano, em jogo de homenagem às vítimas do acidente aéreo da Chapecoense.
O duelo vai ter lugar no Estádio Nilton Santos (Engenhão), no Rio de Janeiro, e a receita vai ser doada às famílias das 71 vítimas mortais do acidente.