Carlos Alcaraz colocou um ponto final na hegemonia do "Big 4" do ténis mundial em Wimbledon, que durava há 20 anos, ao bater o recordista de títulos em torneios do Grand Slam, Novak Djokovic, numa final épica.
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Poucos meses depois de Carlos Alcaraz ter nascido, corria o ano de 2003, Roger Federer vencia, em Wimbledon, o primeiro torneio do Grand Slam da carreira e abria caminho a um período hegemónico no torneio londrino daquele que ficou eternizado como o "Big 4" do ténis mundial, composto pelo suíço, Rafael Nadal, Andy Murray e Novak Djokovic.
Precisamente duas décadas depois, o espanhol colocou um ponto final num registo impressionante e intrometeu-se em definitivo entre os reis da modalidade, após derrotar Djokovic em cinco sets (1-6, 7-6, 6-1, 3-6 e 6-4) numa final de grande qualidade.
Após o encontro, Alcaraz confessou que vencer em Wimbledon “é um sonho que se torna realidade”, ainda para mais “numa final contra uma lenda do desporto”. “Tenho de dar os parabéns ao Novak. Foi incrível jogar contra ele. Desde que nasci, ele já ganhava torneios. É incrível”, disse o espanhol, que conquistou o segundo 'major' da carreira, depois do US Open em 2022: “Não esperava chegar a esta situação tão rápido. É incrível para um rapaz de 20 anos. Estou muito orgulhoso”.
Já Novak Djokovic, que durante a partida chegou a destruir uma raquete no quinto parcial e não evitou as lágrimas no discurso final, mostrou-se resignado: “Fui abençoado com tantas lutas incríveis ao longo da minha carreira, estou muito grato. Hoje, perdi para um jogador melhor, tenho de parabenizá-lo e seguir em frente mais forte”, disse.
Novak Djokovic perdeu a oportunidade de ampliar a vantagem sobre Rafael Nadal como o tenista com mais títulos em torneios do Grand Slam. O sérvio lidera a lista, com 23 conquistas, mais uma do que o rival maiorquino. Carlos Alcaraz surge ainda longe, com apenas dois títulos, mas dá sinais de que poderá intrometer-se nestas lutas num futuro próximo.