Candidato às eleições do V. Guimarães apresenta ideias para a recuperação financeira.
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Alex Costa, de 42 anos, pretende que o V. Guimarães recupere o estatuto de clube europeu e tem soluções para os problemas financeiros, caso seja eleito presidente no sábado. Ligação a anteriores direções é "propaganda".
Formado no V. Guimarães, onde adquiriu valências que mais tarde lhe permitiram dar um salto a nível nacional (Benfica) e internacional (Wolfsburgo), Alex colocou um ponto final na carreira como futebolista, logo após a conquista da Taça de Portugal (2012/2013). De rei ao peito, no seu clube de coração, o associado 11 281 também foi treinador dos sub-19 e da equipa B. O antigo capitão apresenta-se a sufrágio no sábado.
O que pretende construir?
Um Vitória que orgulhe todos os vitorianos e que, de uma vez por todas, recupere o estatuto europeu. A grandeza na bancada tem de refletir-se em campo.
E que projeto tem para conseguir esse estatuto?
Um projeto estruturado e ambicioso, com sustentabilidade financeira e ter alguém dentro do futebol para organizar toda a política desportiva, que contrate jogadores com o perfil que queremos formar e ter dentro no nosso clube. É preciso criar uma estrutura sólida e com um departamento de scouting qualificado e que tenha presença no mercado.
Pepa é o seu treinador?
É um profissional que tem defendido o Vitória com uma paixão tremenda e com coragem de apostar nos nossos jovens. É competente, ambicioso e está no Vitória para crescer e não como um ponto de passagem.
O passivo preocupa. Há soluções?
O plano de recuperação é fundamental, mas o projeto desportivo será o responsável para alavancar o Vitória para outros níveis. Quando falamos de uma injeção de capital a curto prazo, e colocamos um número reduzido, é porque não queremos ficar dependentes daquilo que são os nossos principais ativos, que são os jogadores. O Vitória tem de resolver os seus próprios problemas, através de uma operação de aumento de capital da SAD. Teremos parceiros minoritários. Em 2012/2013, foi o Vitória que resolveu os problemas financeiros com a conquista de uma Taça de Portugal e jogadores que se projetaram e foram transferidos. Na parte final do mandato, projetamos um empréstimo obrigacionista, já com o plano financeiro estabilizado.
As finanças não serão um entrave para a afirmação como o quarto grande?
O Vitória sempre foi e vai continuar a ser do ponto de visto social e humano um dos quatro grandes. Agora não é a quarta maior força desportiva, mas vamos trabalhar para isso. É um percurso difícil, num momento financeiro difícil, mas que não pode tirar competitividade às nossas equipas.
Quais são os planos para a formação?
Queremos ser referência em Portugal e na Europa. Vamos canalizar mais investimento para essa área, melhorar as infraestruturas e dotar os quadros com melhores profissionais. A equipa de sub-23 mantém o quadro competitivo, mas teremos uma equipa de sub-19 mais alargada para essa competição e ainda uma equipa B.
E modalidades amadoras?
Quem trabalha nas modalidades tem de ser respeitado e dignificado. Teremos um diretor geral. Se temos no futebol, também teremos nas modalidades. E queremos que a escola "Afonsinhos" seja transversal.
Como pretende aumentar o número de sócios?
Os resultados desportivos também trazem mais sócios. O Vitória é um estilo de vida e temos de potenciar isso. Vamos fazer campanhas de angariação e implementar medidas que possam atrair famílias ou adeptos que tenham dificuldades.
Se não for eleito, volta a ser treinador?
Saí da minha zona de conforto porque quero que o meu projeto ganhe e que no final o Vitória vença também. Queremos colocar o Vitória no patamar que merece. Se não vencer, a possibilidade de continuar como treinador é normal.
Foi treinador com Miguel Pinto Lisboa na presidência. Sentiu que algo não estava bem?
Trabalhei cerca de seis meses. Nunca tive problemas. Enquanto treinador da equipa B percebi que o rumo desportivo não era o que me agradava.
Como explica que a sua candidatura seja associada a Júlio Mendes?
É uma propaganda que se utiliza muito na política. Só demonstra receio de algumas candidaturas.