Emblema gaiense investe na formação e, apesar dos desafios, colhe os frutos da aposta que alia a contratações certeiras e eficazes. Há três épocas estavam no segundo escalão, mas, graças a uma boa reestruturação, retomaram à elite, onde, em duas épocas, surpreendem tudo e todos e desafiam as probabilidades.
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Na primeira divisão feminina de andebol, uma equipa tem dado que falar: o Almeida Garrett. O emblema gaiense, que na temporada passada foi surpresa, depois de no ano de regresso ao principal escalão ter sido sexto e feito um brilharete nas taças, continua em estado de graça, ainda não perdeu (a par do Benfica, com o qual empatou 25-25) e segue na liderança. O fenómeno ganha outras proporções, se tivermos em conta que as atletas não são profissionais, treinam em três locais distintos, tudo isto com um orçamento bem curto.
“A maioria das atletas estuda, outras trabalham, e vêm à noite para treinar”, conta, ao JN, o treinador Luís Santos, que realça as dificuldades logísticas para certas deslocações. “No caso da Madeira, tentamos sair no dia anterior, mas nem sempre é possível. Acabamos por partir na manhã do jogo, fazemos combinação de horários com o adversário, para jogar e regressar no mesmo dia, minimizando custos”, explica, lembrando que também existem apoios.