Amorim diz que quando sair do Sporting não aconselhará substituto ao presidente
Ruben Amorim, técnico do Sporting, disse, esta sexta-feira, na antevisão do jogo com o Famalicão, que, um dia que deixe o clube, não aconselhará o presidente sobre possível substituto: "Acho que tenho jeito para o meu trabalho e é só nisso que me meto", frisou. Mas admite ter em Alvalade uma estabilidade única no país.
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No dia em que Ruben Amorim sair do Sporting, o atual treinador leonino não pretenderá indicar eventual substituto ao presidente Frederico Varandas.
"O foco está no jogo com o Famalicão, mas não irei dar conselhos, porque acho que tenho jeito para o meu trabalho e é só nisso que me meto. Não penso que sou inteligente porque sei gerir tudo. Foco-me no que consigo fazer. Não sei quando vai chegar esse dia, ninguém sabe. O meu trabalho é o meu trabalho, o trabalho dos outros é o trabalho dos outros", realçou Ruben Amorim, em conferência de Imprensa destinada a antecipar a visita de sábado ao Famalicão, da nona jornada do campeonato.
"No sentido da estabilidade que tenho, isso ninguém tem. Em Portugal, ninguém tem. E no Mundo também é difícil encontrar, mas a verdade é que tenho uma estabilidade que nenhum treinador tem. No ano que ganhámos o primeiro campeonato, chegámos numa fase muito difícil e ganhámos, aí deu uma aura diferente à equipa técnica, depois foi-nos permitido errar em muitas situações. Nesse aspecto sinto-me invejado porque é verdade. Não há nenhum treinador com esta estabilidade e com a mesma qualidade de trabalho, manter os jogadores, ter autonomia para fazer. Estou longe de decidir tudo aqui, mas sinto que sou ouvido em todas as decisões que interferem na equipa", acrescentou Ruben Amorim.
Apostado em "fazer história" e levar o Sporting ao bicampeonato, o que não acontece há 73 anos, Ruben Amorim mostra-se focado em ir jogo a jogo cimentando a liderança de uma prova que tem dominado, ao ponto de somar oito triunfos, em outros tantos encontros, seguindo isolado na liderança, com três pontos de vantagem.
"Estamos preparados e num nível diferente, mas não quero aumentar a pressão. A ambição é essa, acho que temos capacidade para isso. Precisamos de sorte, competência, sorte nas lesões também. Essa é a nossa ambição. Se o vamos fazer? Vamos esperar pelo fim e não dizer agora nada sobre isso para aumentar a pressão. Queremos ganhar o campeonato, é óbvio. O esforço de toda a gente para manter o plantel foi a pensar em sermos bicampeões, há 70 anos que não acontece. E isso leva-nos novamente à Champions, podemos compensar a parte financeira. Queremos muito fazer história. Se vamos fazer? É deixar correr os jogos", afirmou Ruben Amorim, na conferência de Imprensa.
O treinador sportinguista adiantou que já contará com Pedro Gonçalves, na visita ao Minho, mas assegurou que o jogador, que vem de lesão, não jogará os 90 minutos. "Pode começar no banco, ser titular, não pode é fazer o jogo todo. Se for titular, terá de sair. É garantido que não fará o jogo todo. Vamos ver se joga de início ou entra depois", afirmou, a propósito.