Amorim sobre Quenda na véspera da Champions: "Ansioso não está, porque hoje chegou atrasado"
Ruben Amorim lançou o duelo frente ao Lille, desta terça-feira, às 20 horas, que marca o arranque do Sporting na edição 2024/25 da Liga dos Campeões. O técnico leonino disse que Gyökeres não depende dos golos, garantiu que Quenda não está ansioso e traçou diferenças de nervosismo entre os dois plantéis que já comandou.
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"Para todos os clubes é muito importante jogar a Champions. Por tudo, pela valorização dos jogadores, o encaixe financeiro, que nos permite não ter de vender mais do que devíamos, e temos provado isso ao longo deste tempo. Não sei se este formato vai ser mais difícil, mas acho que é mais apelativo. Aqui permite mais jogos, mais emoção, clubes a jogar contra outros diferentes. Estamos todos entusiasmados", começou por dizer Ruben Amorim.
O técnico do Sporting traça, ainda, algumas diferenças ao nível da pressão entre a primeira equipa dos leões que comandou na Liga dos Campeões e o atual plantel.
"O Viktor [Gyökeres] é o primeiro jogo que vai fazer nada Liga dos Campeões e ninguém dirá que não está preparado para este tipo de jogos. Obviamente que já jogamos competições europeias na última época, é diferente, mas já houve uma habituação. Depois, outro jogador é o Morten [Hjulmand]. Acho que nunca jogou, mas ninguém diz que não está preparado, porque vem da Liga Italiana. Na primeira vez que fomos à Liga dos Campeões, aí, sim, éramos inexperientes. Sinto a equipa ansiosa, mas mais preparada que naquela altura. Talvez porque eu me sinto mais preparado para os ajudar. Sinto um jogo difícil e as expectativas dos nossos adeptos estão altas e temos de saber jogar com isso", referiu.
Na manhã desta segunda-feira foi possível verificar a ausência de Eduardo Quaresma na véspera da estreia no grande palco europeu. O caso foi explicado prontamente.
"O Quaresma, infelizmente, no treino a seguir ao jogo fez uma entorse chata. Vai estar algum tempo fora, não digo, porque não sei ao certo, mas está fora deste jogo".
Ruben Amorim referiu não estar a pensar em gestões e sacudiu a ideia da Liga dos Campeões ser uma possível montra para se mostrar aos tubarões do futebol europeu.
"Os jogadores sim, eu não procuro isso. Aprendi muito no ano passado, vivo o momento. O que quero é ganhar, sou competitivo, os nosso jogadores também, mas sei que é uma competição diferente para os jogadores, todos eles sentem que é uma montra para dar o passo seguinte e não há como censurá-los nesse aspeto. Estão ansiosos para demonstrar o que valem na Champions. Queremos passar à fase seguinte, queremos acima de tudo ganhar jogos, marcar golos e jogar de uma forma diferente", explicou.
O técnico dos leões afirmou que "vencer a Champions é viajar muito longe", existindo, apenas, a ideia de querer mostrar que houve crescimento enquanto equipa. No seguimento, considerou a renovação de Quenda como "muito importante" e falou de um possível nervosismo do jovem extremo na véspera da competição.
"Ansioso não está, porque hoje chegou atrasado à paletra e adormeceu. E ele mora na Academia, o que é muito difícil. Portanto foi ao túnel duas vezes. Se há jogador que não sinto ansioso é o Quenda. Tudo bem que é muito jovem, mas quando ouvir a música, vai sentir", afirmou.
A estreia de Gyökeres na Liga dos Campeões tem sido muito debatida, mas Ruben Amorim deixou bem claro que o internacional sueco não depende dos golos que poderá marcar na Liga dos Campeões, destacando, ainda, os aspetos nos quais poderá verdadeiramente evoluir.
"Eu quero que o Viktor [Gyökeres] não se sinta pressionado como se o futuro dependesse da Liga dos Campeões. Quanto a mim, depende mais de melhorar algumas ações defensivas, a abordagem do jogo técnico e saber melhor os tempos do jogo".