A portuguesa Ana Cabecinha terminou, esta terça-feira, em oitavo lugar, os 20 km marcha dos Campeonatos do Mundo de atletismo, a decorrer em Moscovo, enquanto Inês Henriques foi 11.ª numa prova ganha pela russa Elena Lashmanova, atual campeã olímpica.
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Ana Cabecinha concluiu a prova em 1:29.17 horas, ou seja, a sua melhor marca da temporada, ao passo que Inês Henriques gastou 1:30.28. A outra portuguesa em prova, Vera Santos, cortou a meta na 17.ª posição, com 1:31.36 horas.
Depois do título olímpico conquistado em Londres2012, com recorde mundial (1:25.02 horas), Elena Lashmanova, que ganhou todas as provas em que participou esta época, concluiu em 1:27.02 e conquistou a medalha de ouro, ligeiramente à frente da sua compatriota Anisya Kirdyapkina.
A chinesa Hong Liu arrecadou a medalha de bronze, depois de Vera Sokolova ter sido desqualificada já no estádio, o que impediu que o pódio fosse totalmente dominado pela Rússia.
"É a minha medalha"
Após a prova, Ana Cabecinha não sabia se tinha ficado em 8.º ou 9.º lugar, mas quando foi esclarecida da sua classificação, exclamou: "Estou felicíssima, porque fiz uma parte final muito forte".
"Não estava nada à espera deste resultado porque as guatemaltecas, as chinesas e a Inês estavam muito fortes. Não esperava ficar nas oito primeiras. Lutei até ao fim", frisou a atleta algarvia à Agência Lusa.
Para Ana Cabecinha, esta classificação foi como chegar ao pódio. "É a minha medalha. Tive um mês e meio muito difícil depois da Taça da Europa, agora recuperei e vou continuar... Tive uma grande fibrose e foi complicado superar a dor", explicou.
Inês Henriques, confessou que o 11.º lugar ficou aquém das suas expetativas. "Queria um bocadinho mais. A prova começou muito lenta e, depois de os juízes mostrarem duas faltas, tive de me controlar. É óbvio que não estou contente com o 11.º lugar, mas foi o melhor que pude fazer", disse.
Vera Santos, que se ficou pelo 17.º lugar, atribuiu o mau resultado a "um início de época muito mau, devido a uma lesão".
"O meu pior lugar era o 15.º, por isso o 17.º é um bocado frustrante, mas é a minha rampa de lançamento para voltar ao meu nível e estar em grande forma, para que para o ano esteja entre as 10 melhores", acrescentou.