A defesa central portuguesa Ana Seiça garantiu que a formação das 'quinas' vai em busca do triunfo frente aos Países Baixos, no domingo, em Dunedin, na estreia lusa no Mundial feminino de futebol,
Corpo do artigo
"Nós entramos sempre para os três pontos e, se queremos passar o grupo, temos que ir com essa mentalidade. Em relação ao ponto? Um ponto é sempre um ponto. Pode ser bom, mas, lá está, vamos entrar para os três pontos, para ganhar o jogo", garantiu Ana Seiça.
Na parte final de uma visita que a comitiva da seleção portuguesa fez ao jardim zoológico de Auckland, a jovem, de 22 anos, mostrou-se consciente da importância do jogo, mas não é da opinião que se trate de um duelo que tudo vá resolver.
"É sempre importante entrar bem na competição", reconheceu - enquanto, nas suas costas, um tigre fazia tranquilamente o seu passeio vespertino -, prosseguindo: "Como já foi falado pelo selecionador, é chegar ao final a depender só de nós. Vamos tentar já os três pontos no primeiro jogo, mas ele não dita o resultado do grupo".
Em termos de favoritismo, ele é atribuído, provavelmente de forma unânime, aos Países Baixos, vice-campeões mundiais em título, mas Ana Seiça, que soma apenas três internacionalizações 'AA', não está muito convencida.
"Favoritismo? Teoricamente, pelo que se fala, (as neerlandesas) podem ser as favoritas. E no grupo, pelo que já vi nas redes sociais, Portugal pode ser o 'underdog', não tem muitas hipóteses, mas nós falamos no campo e vamos dar a nossa resposta lá dentro. Esperemos que seja uma resposta boa", disse.
Apesar da vontade de entrar a ganhar no primeiro encontro de sempre de Portugal num Mundial, a central do Benfica está, porém, consciente da qualidade da formação dos Países Baixos.
"São uma equipa muito forte fisicamente, que tem muita qualidade no futebol jogado, mas nós vamos tentar - não, nós vamos conseguir - dar o nosso melhor na defesa e, depois, aproveitar as nossas armas e feri-las também", prometeu.
Em ambiente zoológico, Ana Seiça afirmou que Portugal "pode ser tigre" no Mundial 2023: "Eu acho que Portugal tem muito para dar. Estamos com a mentalidade e o foco certo, e acho que temos tudo para fazermos coisas muito boas".
A quatro dias da estreia, a ansiedade aumenta: "Como uma jogadora das mais novas, há sempre aquele nervosismo, mas, mesmo para as mais velhas, é o primeiro Mundial". "Toda a gente está com aquele nervoso miudinho, mas é um nervosismo bom, pois, quando entrarmos em campo, transformamos isso em energia e em coisas positivas, para que possamos pôr o nosso jogo em prática", explicou.
A formação das 'quinas' defronta as neerlandesas, as vice-campeãs mundiais em título, no domingo, pelas 19.30 horas locais (08.30 horas em Lisboa), em Dunedin, em embate da primeira jornada do Grupo E.
Depois do jogo com os Países Baixos, a seleção lusa enfrenta o também estreante Vietname, em Hamilton, em 27 de julho, pelas 19.30 horas locais (08.30 horas em Lisboa), fechando o Grupo E face aos Estados Unidos, as vencedoras dos últimos dois Mundiais, em Auckland, em 1 de agosto, pelas 19 horas locais (8 horas).
A prova arranca na quinta-feira, pelas 19 horas locais (8 horas em Lisboa), com o jogo entre a anfitriã Nova Zelândia e a Noruega, que se defrontam no Eden Park, em Auckland, em embate da ronda inaugural do Grupo A.
A nona edição do Mundial feminino de futebol realiza-se de 20 de julho a 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.