Anadia recebe o campeão nacional F. C. Porto e o treinador Rui Eduardo Borges está otimista, apesar da "baixa percentagem de sucesso" que tem.
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Por estes dias, rotina é uma palavra que não entra no dicionário do Anadia Futebol Clube. A formação da Liga 3 recebe, depois de amanhã, o F. C. Porto e a visita do campeão nacional mudou o quotidiano da equipa de Rui Eduardo Borges, que treinou na Mealhada e no Luso enquanto o Municipal Engenheiro Sílvio Henriques Cerveira recebe obras de melhoramento para a terceira eliminatória da Taça de Portugal. O técnico admite que o mediatismo entusiasma o grupo de trabalho, mas que a concentração está em níveis máximos para tentar uma surpresa.
"Claro que é diferente de um jogo normal, ainda por cima contra o campeão nacional, um dos três grandes. Sabemos que tudo à volta ganha uma dimensão muito maior. Esta semana não é preciso motivar os jogadores, isso é uma grande vantagem, temos condições para deixar uma boa imagem e é para isso que estamos a trabalhar", garante, ao JN, Rui Eduardo Borges, defendendo que a curiosidade mediática não obrigou a pôr um travão na euforia.
"Sinceramente, acho que não. Estava à espera de alguma desconcentração, mas, sinceramente, o grupo mostrou uma enorme maturidade - senti os jogadores empenhados nos treinos e, no balneário, o discurso foi idêntico. Acho que isso é importante: vamos defrontar um adversário especial, mas vamos fazê-lo da mesma forma como com qualquer outro", explica o treinador, ciente que o favoritismo vai estar do outro lado. "A percentagem de sucesso é baixa, mas vamos tentar agarrá-la. É um sonho, seria um feito histórico eliminar o F. C. Porto e muito importante para as gentes de Anadia. Queremos muito agarrar a percentagem mínima de sucesso que temos", admite, antes de prometer que a equipa vai tentar "pressionar em bloco médio/alto". "Gostamos de ter bola e vamos tentar isso mesmo frente ao F. C. Porto", explica.
O reencontro de Fausto
Uma das armas do Anadia é Fausto Lourenço, avançado de 35 anos que passou três épocas na formação dos dragões. "É um jogo especial e, para mim, ainda mais. Aprendi muito como jogador e como homem no F. C. Porto", conta, garantindo que nos 90 (ou 120) minutos tudo pode acontecer: "Se não acreditássemos, não íamos a jogo. Vamos defrontar uma das melhores equipas da Europa, mas aqui também há muito valor e jogadores que podem chegar a outros patamares".