O treinador Carlo Ancelotti afirmou , esta sexta-feira, que se o Real Madrid jogar como em Munique, frente ao Bayern, na segunda mão meias-finais, vai ganhar no sábado a final da Liga dos Campeões em futebol.
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"Não estou tenso, estou concentrado, pois é um jogo importante. Estou bastante tranquilo. Este é um jogo em que não é preciso trabalhar tanto a motivação. Os jogadores estão motivados. Tenho um sonho, muitos sonhos, um pode ser jogarmos como contra o Bayern. Se formos capazes de jogar como em Munique, tempos oportunidade de ganhar esta competição", disse o italiano.
Em conferência de imprensa, no Estádio da Luz, em Lisboa, o treinador dos "merengues" reconheceu que, particularmente, já recebeu "muito desta competição", mas também lembrou que desde que chegou ao clube, para substituir José Mourinho, disse que queria ajudar o clube a vencer.
"Ganhei quatro e esta é a sétima final em que estou envolvido. Não posso pedir mais, mas estou aqui e todos sabem o quanto é importante para o Real. Disse desde o primeiro dia que ia dar o melhor para o Real ganhar esta competição. Estamos perto", afirmou o técnico transalpino.
Para Ancelotti, não há grandes segredos: "O mais importante é a tranquilidade. Trabalhar bem hoje, dar instruções claras, nada mais. Esperar. Desfrutar este momento. Em 2007, disse que podia ser a última, mas estou aqui e não sei se será a última".
Cada final tem a sua especificidade, mas, no geral, nada mudou de significativo: "É sempre uma final, não há muitas diferenças, mas esta tem algo de particular, pois começámos a temporada a pensar nesse objetivo. Jogar esta final para ganhar a 10.ª. Conseguimos, o que para todos os madrilistas é algo particular".
Para chegar à 10.ª. Ancelotti disse não saber se vai poder contar com o francês Karim Benzema e o internacional luso Pepe, mas garantiu as presenças do galês Gareth Bale e da grande estrela da equipa, Cristiano Ronaldo.
"Representa uma arma muito importante. Tem uma estatística impressionante. Necessitamos dele no melhor. Fez uma 'Champions League' fantástica, com 16 golos. Ajudou a equipa a chegar a esta final", frisou Carlo Ancelotti.
Apesar dos elogios ao "capitão" da seleção lusa, o italiano é da opinião que vai ser o todo a decidir: "Não creio que vá ser um jogo de individualidades. Quem for mais equipa, creio que vai ganhar a competição".
O que Ancelotti não espera é um Real a atacar e um Atlético a contra-atacar: "A nossa ideia é jogar com o nosso estilo, características, atitude. Vamos tentar. Penso que vai ser um jogo mais igualado do ponto de vista tático. Temos de defender bem e atacar bem. O Atlético vai fazer o mesmo. Não vejo um jogo diferente dos dois".
Para o técnico dos "colchoneros", só elogios, aliás: "A sorte de um treinador é ter uma boa relação com jogadores. Dar a oportunidade aos jogadores de fazer o máximo. Existe uma química muito boa entre Simeone e os jogadores, algo muito particular. Foi a razão porque ganharam a Liga. Tem feito um trabalho fantástico".
Para enfrentar Simeone e o Atlético, o italiano tem tudo previsto, ou quase: "O que mais me preocupa? O imprevisível. Tudo pode acontecer numa final. Sobre o imprevisível, não se pode fazer nada. Temos de trabalhar o previsível".
Aconteça o que acontecer no sábado, na Luz, o futuro próximo é um cenário claro para Ancelotti: "Se estou a pensar no futuro? O futebol é amanhã. O futuro é muito claro. (Real) Madrid? Sim".
O técnico dos "merengues" não tem nada a apontar na sua primeira época ao comando dos "merengues": "Desde o primeiro dia, os jogadores foram muito sérios, muito profissionais. Trabalharam muito bem juntos. Não tive nenhum problema com ninguém. Foi a primeira temporada em que não tive problemas com jogadores, por não jogarem ou serem menos utilizados".
Para acabar da melhor maneira, nada melhor do que a 10.ª, que é obsessão para uns e sonho para outros: "A linha é ténue. Eu vejo como um sonho e quero atingir o sonho".