André Villas-Boas: "O contrato de compra e venda da academia do Olival está em meu nome"
Candidato à presidência do F. C. Porto está numa ação de campanha em Vizela e voltou a falar da Academia do Olival, dos Super Dragões e também do passivo da SAD.
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Numa ação de campanha em Vizela, André Villas-Boas respondeu a várias questões dos associados sobre as ideias e o projeto do candidato à presidência do F. C. Porto para o próximo mandato de quatro anos. Um dos temas quentes é a construção de uma academia no Olival, bem perto do centro de treinos dos dragões, quando Pinto da Costa, candidato da outra lista, projeta a construção da mesma infraestrutura na Maia.
"O contrato de promessa compra e venda da academia do Olival está em meu nome, ou seja, não é vinculativo para o F. C. Porto. Se esta Direção for eleita, aí passo de meu nome para o F. C. Porto. A apresentação era para ser a 3 de abril, em Lisboa e propositadamente, porque era o aniversário de o F. C. Porto ter sido campeão às escuras na Luz. Mas será no dia 2, porque entretanto foi calendarizado o encontro da Taça de Portugal com o V. Guimarães para dia 3. Os sócios são guerreiros. Temos um universo de portistas em Lisboa que têm de batalhar forte pelas cores do nosso clube. Achei grande ideia apresentar lá este conceito da nova academia em Gaia", adiantou André Villas-Boas.
O candidato também falou sobre os Super Dragões e diz que tem conhecimento que alguns membros da claque querem votar no opositor de Pinto da Costa, mas têm medo de sofrer represálias: "Também tenho essa informação, de que há pessoas nos Super Dragões que querem votar em mim e não manifestam isso por medo de represálias. Tenho recebido na sede de campanha várias pessoas dos GOA a manifestarem apoio. Essa pergunta é muito boa. Faz sentido numa fase inicial, até confirmação das candidaturas, ter aí o universo do presidente da Assembleia Geral a tratar. A partir daí, faz sentido uma comissão independente, que pode ser dos sócios, tomar conta do processo eleitoral do F. C. Porto. Tem de haver transparência, estamos em contacto diário com Lourenço Pinto. Acreditamos nele e nas pessoas que estão a montar o ato eleitoral. Mas faz sentido, no futuro, a própria operacionalização estar numa comissão independente. Pode ser de associados ou subcontratada a uma consultora".
André Villas-Boas reforça ainda a questão da mudança no clube, sublinhado a necessidade de ser ele a ganhar as eleições de 27 de abril. "É uma altura decisiva para o F. C. Porto. Por gratidão já não podemos aguentar mais quatro anos. Essa é a mensagem fundamental para os sócios. O F. C. Porto, atualmente, e o que está a ser projetado de 2024 a 2028, é refém de alguns interesses presentes na lista contrária. Este F. C. Porto não tem a ver com o F. C. Porto de Pinto da Costa, que conhecemos e os princípios bases do F. C. Porto. Com 500 M€ de passivo estamos reféns de muita gente. A clubes, dívidas a credores, agentes, ex-jogadores.. Detêm o poder de acionar judicialmente o F. C. Porto por dívidas. Temos essa pressão. Se em 12 anos, com esta gestão, onde há claramente responsabilidade máxima, acumulámos mais de 250 M€ de passivo. Se pensarmos que os três títulos que ganhámos em sete anos se devem à sagacidade e grande brio do treinador, vemos também que perdemos vários jogadores a custo zero e pagámos comissões excessivas".