O presidente do F. C. Porto, André Villas-Boas, foi o anfitrião de mais uma edição do Dia do Clube, tertúlia realizada na Tribuna VIP do Estádio do Dragão, e que celebrou os 20 anos das conquistas da Liga dos Campeões e da Taça Intercontinental de 2004.
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O evento contou com a presença dos antigos jogadores Jorge Costa, Pedro Mendes, Maniche, Ricardo Quaresma e Ricardo Fernandes, que integravam o plantel treinado por José Mourinho que conquistou a Champions frente ao Mónaco, na final de Gelsenkirchen.
O atual presidente dos dragões era, à altura, olheiro da equipa principal e treinador das camadas jovens e elogiou a criação, em 2017, da iniciativa Dia do Clube, ainda sob a liderança de Pinto da Costa, pretendendo "dinamizar ainda mais" o evento e partilhando algumas memórias do ano de 2004.
"O F. C. Porto é o clube português que mais troféus internacionais levantou e o maior representante do país. Passaram 20 anos de dois nomes que ficaram tatuados na pele do Dragão: Gelsenkirchen e Yokohama. 2004, que ano, que saudades. Como participei mais ativamente na caminhada de Gelsenkirchen, deixo aqui algumas das minhas memórias como olheiro de José Mourinho, tinha eu 27 anos. Sócio do F. C. Porto e treinador das camadas jovens tornado olheiro da equipa principal. Nome de código: Robsonzinho", revelou.
"Analisei in loco os adversários em três jogos diferentes. Partizan, Real Madrid, Marselha, seguidos de Manchester United, Lyon, Corunha e Mónaco levaram-me a percorrer a Europa de papel e caneta no bolso. Deixámos pelo caminho grandíssimos jogadores, mas quando chegava a hora de ver se alguém tinha levado os relatórios para casa, estavam todos nos cacifos ainda. No entanto, era no vídeo que se prendia a atenção, pelo conteúdo técnico ou tático ou porque terminava sempre com uma sátira sobre alguém da equipa, o que fazia as delícias de todos", acrescentou Villas-Boas, não esquecendo a importância de Pinto da Costa nas conquistas.
"Nessa equipa vivia-se um propósito bem vincado e uma confiança sem paralelo, com Jorge Nuno Pinto da Costa à cabeça, suportado pela mestria de um treinador português astuto e diferenciado como José Mourinho e por um conjunto de jogadores que recordamos com nostalgia e que faziam as delícias dos adeptos. Nesse ano em que transitamos das Antas para o Dragão, as bancadas transbordavam fé azul e branca. A certeza e confiança na equipa era total e criou-se uma simbiose entre todos. Foi essa crença que nos fez chegar à final. Unidade e vitória foi a receita de 2004 e sempre será no futuro", prometeu.