Anselmi responde a críticas do Cruz Azul e elogia renovação de Mora pelo F. C. Porto

Na antevisão do dérbi de domingo com o Boavista, Martín Anselmi foi questionado sobre o acordo entre o F. C. Porto e o Cruz Azul, que não travou as críticas do clube mexicano sobre o processo de saída do técnico, com acusações de insolvência pessoal à mistura.

"Estamos a falar do nível pessoal. Dizem que o tempo cura tudo e não quero falar disso, porque este é um espaço do F. C. Porto. Um dia gostaria de me sentar e falar sobre isso. É um tema sensível, eu e a minha família sofremos por muito tempo... As coisas são como são e como disse no dia em que me apresentei no F. C. Porto, havia um acordo que não foi respeitado. Houve depois uma situação limite, mas as partes puseram-se de acordo pelo mesmo valor, porque já havia um acordo", afirmou o treinador argentino.

"Deixem de mentir às pessoas. Não há insolvências, acordo de confidencialidade, nada. O acordo é este, os números estão aí. Não posso ser insolvente se é o F. C. Porto que me apoia. Não quero ir contra o meu clube anterior, tenho um carinho muito grande pelo Cruz Azul e pelos adeptos, por isso foi um tema tão sensível para mim. É impossível que algum dia me esqueça dos adeptos do Cruz Azul", acrescentou.

Os últimos dias também ficaram marcados pelas notícias da renovação de Rodrigo Mora até 2030, pela contratação definitiva de Nehuén Pérez e pela compra de mais 15% do passe de Samu pela SAD portista, algo que agradou a Anselmi.

"Samu e Nehuén chegaram este ano a esta instituição. O Rodrigo é um jogador formado em casa, é uma situação diferente. Parece-me que é um voto de confiança aos três, mas no caso do Mora não há nada mais lindo para um clube do que ver um jogador formado em casa vestir a sua camisola. Vamos poder tê-los mais tempo connosco. Tiveram diferentes evoluções, momentos altos e baixos, mas confiamos neles e consideramos que são importantes para a próxima época", disse.

Sobre o jogo com o Boavista, o técnico revelou a disponibilidade de Diogo Costa, que falhou as duas partidas anteriores devido a lesão, e sublinhou a importância do dérbi da Invicta, tanto para a equipa do Bessa, que luta para não descer, como para o F. C. Porto, que tenta segurar o terceiro lugar.

"Em cada jogo, o F. C. Porto tem a obrigação de competir ao máximo. No último jogo fora ficámos em dívida com isso, mas temos de aprender com o que fizemos. Entendemos que há um contexto, o nosso adversário luta por coisas muito importantes, mas nós também. Temos de conquistar os três pontos nestas duas últimas jornadas", referiu.

"O Boavista demonstrou no último jogo que quer lutar até ao final. Será um dérbi com todos os condimentos. Nós temos de dar o máximo, sabemos o que vale o rival e queremos estar à altura", concluiu.