O presidente do Vitória de Guimarães admitiu, em entrevista à Radio Santiago, que a contratação do treinador Paulo Turra não foi consensual entre a massa associativa, mas António Miguel Cardoso acredita que o brasileiro terá sucesso. E revelou ainda que na próxima assembleia-geral serão apresentadas contas positivas.
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A contratação de Paulo Turra dividiu entre a massa adepta do Vitória, mas o presidente António Miguel Cardoso está tranquilo. “O Vitória é um clube grande e com muitos associados. É normal viver com a crítica no seio do Vitória. Lido bem com isso. Muitas vezes até nos dá mais energia para trabalhar. Nunca vou a reboque de potenciais barulhos ou comentários da massa associativa”, disse o líder vitoriano, em entrevista à Rádio Santiago.
Apesar das poucas semanas no comando técnico dos minhotos, e já com uma eliminação caseira da Taça da Liga, o responsável máximo está agradado com o brasileiro. “É um treinador que está cá há poucas semanas, não se pode imputar responsabilidades. Tudo o que tem a ver com métricas, métodos, diálogo com a equipa, estou satisfeito. Estou convencido que vai correr bem”, disse.As habilitações do treinador também não são motivo de preocupação. “Fala-se muito na questão do curso do Paulo Turra, mas o mais importante na decisão é perceber quem é a pessoa. É uma aposta pessoal, é indiscutível, mas decidi com toda a direção”, revelou. "O Paulo Turra tem todas as habilitações para poder treinar o Vitória. Estamos perfeitamente tranquilos em relação às suas habilitações. Estamos num processo e acreditamos que mais tarde ou mais cedo vão ser dadas as equivalências”, acrescentou. A Federação Portuguesa de Futebol, recorde-se, apenas reconheceu equivalências para o nível III.
Garantindo que na próxima Assembleia-geral as contas a apresentar serão “positivas”, António Miguel Cardoso prevê um futuro mais risonho. “Teremos contas positivas e podiam ser mais se, neste final de mercado, um dos jogadores daquele negócio feito com o F. C. Porto, já muito falado, não tivesse saído. A Assembleia Geral será a altura certa para explicar isso aos sócios”, prometeu.
“Passou mais um ano e estamos mais perto de voltar a ter à disposição as verbas dos direitos televisivos, de podermos renegociar outros contratos. O equilíbrio financeiro é uma premissa essencial, mas nunca descuramos a vertente desportiva. Já nos qualificamos duas vezes para as competições europeias, mas queremos muito mais”, adiantou.
O dirigente não descartou a possibilidade de novas entradas e saídas. “Ainda existem jogadores sem contrato, oportunidades de mercado. Estamos sempre à procura do que é melhor para o Vitória, tanto de entradas como de saídas”, concluiu.