António Miguel Cardoso saiu em defesa da equipa técnica e dos jogadores, após o empate a um golo na receção ao Arouca. O presidente do Vitória de Guimarães foi à sala de imprensa pedir paciência e apoio aos associados e deixou uma promessa. "Se não ficarmos em quinto lugar, eu saio", assumiu.
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Na sua intervenção, o dirigente enumerou alguns feitos já alcançados desde que assumiu o clube, garantindo que o projeto em jovens jogadores é para continuar e que a ambição desportiva permanece ambiciosa.
"Aquilo que queria dizer, sobretudo aos associados, que são os que mais sofrem, além de toda a direção e toda a cidade... Esta administração entrou no Vitória há quatro anos, com um clube que estava falido, sem receitas, e tivemos a capacidade de em três anos, sem dinheiro, ir vencendo e fazendo recordes. Tivemos a maior campanha de sempre na Europa, a maior pontuação de sempre no campeonato, e sempre dissemos que o projeto do Vitória era sustentado no futuro, naquilo que vinha da formação. Estamos a trabalhar bem e estamos a preparar jovens"; começou por dizer.
"Fui reeleito com 90% dos votos. O projeto continua, temos uma equipa técnica que está a trabalhar em prol do Vitória, com bons processos e a fazer com que estes jovens possam aparecer. Queremos que estes jovens continuem e é um prazer ver as estreias do Gonçalo Nogueira e Miguel Nogueira. Vêm muito mais. Temos, como associados, obrigação de apoiá-los, de os deixar respirar, de deixar respirar a equipa técnica e deixar respirar a administração. Nós, em 101 anos de história, ganhamos uma Supertaça e uma Taça de Portugal. Queremos ganhar muito mais, mas precisamos que os sócios nos deixem respirar e nos deixem trabalhar. Dessa forma, vamos conseguir", acrescentou.
E prosseguiu. "Estou convencido que vamos ficar em quinto lugar, mas deixem-nos respirar. Vou trabalhar até final desta época para ficarmos em quinto lugar. Se não ficarmos em quinto lugar, eu saio. Não estou agarrado. Só quero respirar e que estes miúdos que estão lá dentro a chorar percebam que a cidade tem de os apoiar. Depois, se correr mal, eu vou embora. Até lá, apoiem estes miúdos, apoiem estes profissionais, esta direção e jogadores. Estamos muito satisfeitos com a equipa técnica. O projeto é este e vai continuar. Se as coisas correrem mal sou o primeiro a ir embora".