O presidente do SC Braga, António Salvador, durante a apresentação de Rúben Amorim, sublinhou o desejo do título, a crença no novo treinador e relembrou o campeonato de 2009/2010, vencido pelo Benfica, em que se passaram "coisas estranhas".
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Salvador justificou a escolha de Rúben Amorim pelo "conhecimento e capacidade" do treinador, não hesitando em dizer "que será um dos grandes treinadores que o Braga projeta para o futebol internacional, como tantos outros".
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O novo treinador dos bracarenses tem apenas 34 anos e vai substituir Ricardo Sá Pinto, que embora tenha qualificado o Braga de forma categórica para a fase final da Liga Europa, deixou a equipa no oitavo lugar no campeonato português. Quando foi confrontado sobre esta troca no comando técnico, António Salvador frisou que, para treinar o Sporting de Braga, é necessário cumprir "três pilares: ganhar, praticar bom futebol e valorizar os jogadores e a nossa formação".
"Entendemos que este foi o momento certo para o Rúben Amorim ser o nosso treinador. Jogou na Liga dos Campeões [pelo Sporting de Braga], ganhou uma Taça da Liga, sabe da exigência deste clube", disse.
A possibilidade de ser campeão nacional até 2021, ano do centenário do clube, foi abordada na conferência de imprensa e o dirigente não quer fazer nenhuma promessa, no entanto, afirma que é "um desejo, um sentimento".
Ainda sobre essa vontade futura, relembrou a época de 2009/2010, quando o Sporting de Braga lutou até à última jornada para ser campeão e atirou:
"As coisas são cada vez mais difíceis, a diferença de recursos e o fosso para os três principais clubes do campeonato é cada vez maior. É a vontade, o querer e o empenho para fazermos coisas que não imaginávamos que conta, como ir à final da Liga Europa ou lutar pelo título. [Em 2009/10] Considero que fomos campeões, mas passaram-se coisas estranhas e não fomos porque alguém não deixou ser", disse.
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O presidente falou ainda das críticas da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) acerca da contratação de Rúben Amorim e referiu que existia um défice de qualidade de técnicos com IV nível (grau do curso de treinadores necessário para treinar na Primeira Liga)
Rúben Amorim, apresentado hoje como novo técnico dos minhotos, não tem essas habilitações e a ANTF considerou, na quinta-feira, que a sua contratação é uma "vergonha", que "mancha a classe dos dirigentes e desprestigia a imagem do futebol português".
O líder arsenalista considerou as críticas injustas: "Hoje, estamos perante um défice de treinadores de qualidade com a tal carteira ou documentação. Há uma nova geração de treinadores de qualidade e é inconcebível que não possam treinar cá. Não se pode estar oito anos à espera para tirar um curso. A ANTF e outras entidades devem discutir e resolver, senão não estamos a prevenir o futuro do futebol português", advertiu.