Já foram feitas 351 ações desde que começou a época desportiva. Polícia Judiciária faz parte da operação. A malha apertou nos últimos dez anos. O JN explica-lhe como funciona o combate.
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Esta semana, o mundo do futebol presenciou mais um escândalo de apostas desportivas. Em Espanha, Kike Salas, jogador do Sevilha, foi detido por, alegadamente, ter forçado sete cartões amarelos em nove jogos da época passada para que os amigos e familiares pudessem tirar dividendos financeiros dessa admoestação. Em Portugal, há vários mecanismos para vigiar o envolvimento dos futebolistas nas apostas e têm sido colocados em prática planos de prevenção junto de todos os agentes do futebol - sejam jogadores, treinadores e árbitros. Há muito que está em marcha um plano contra um dos flagelos mais preocupantes associado ao desporto e os resultados até têm sido positivos.
O alarme soou há cerca de dez anos, quando rebentou o processo Jogo Duplo com a constituição de 27 arguidos, cinco deles condenados a pena de prisão efetiva por match fixing (manipulação de resultados) de jogos da Liga 2, por ligações a uma rede de apostas desportivas internacionais. Em causava estava um esquema fraudulento envolvendo empresários da Malásia que viram no futebol português uma oportunidade de negócio escuro e aparentemente lucrativo.