O Ministério da Administração Interna criou um plano de proteção dos árbitros da primeira categoria, na sequência da divulgação dos seus dados pessoais na Internet, revelou fonte oficial da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol.
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"Foi uma exigência da APAF. Temos a confirmação de que está em marcha um plano de segurança para os árbitros", disse à agência Lusa a mesma fonte, sem adiantar detalhes sobre a forma como está a ser aplicado pelas autoridades policiais nem por quanto tempo.
A fonte garante que a APAF tem estado em "conversações intensas" com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e que foi através de um pedido deste organismo que os árbitros passaram a ser "alvos de medidas especiais de segurança" para que tenham "tranquilidade e integridade" na sua ação.
A APAF reafirmou a "defesa intransigente dos árbitros" e pediu "profilaxia" aos agentes desportivos, que "sabem que não ajudam em nada estas constantes declarações explosivas".
A mesma fonte garantiu que a APAF tem a garantia da FPF para a aprovação numa próxima Assembleia-Geral (AG) de um regime disciplinar mais punitivo para os agentes desportivos nas declarações sobre os árbitros, exigindo que os atuais regulamentos sejam cumpridos.
Sobre a divulgação dos dados pessoais dos árbitros na Internet, a fonte oficial da APAF congratulou-se por já ter deixado de estar "online", mas pediu que os "responsáveis sejam descobertos e punidos exemplarmente", salientando que um caso como este tem uma moldura penal até oito anos de prisão.