A equipa de José Peseiro sofreu a primeira derrota do campeonato em casa, ao perder ante o Arouca (1-2), fica a seis pontos do líder Benfica e pode ver o Sporting abrir uma vantagem de oito pontos, caso os leões vençam, segunda-feira, o Rio Ave.
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A equipa portista não perdia no Dragão para a Liga há um ano e dois meses.
Um início de sonho para o Arouca. Pontapé de saída, bola na direita em Zequinha, cruzamento do português e golo de Walter González à boca da baliza. O cronómetro ainda não assinalava 11 segundos e já a equipa arouquense festeja o golo mais rápido do campeonato, deixando o F. C. Porto numa situação bem mais complicada do que seria de esperar.
No entanto, os dragões reagiram bem à adversidade e, com velocidade e imaginação, começaram a criar perigo. Aos 14 minutos, uma brilhante jogada de ataque permitiu a Brahimi centrar para a cabeça de Aboubakar, mas Bracalli fez uma grande defesa.
No entanto, do canto nasceu a festa portista, com Aboubakar a desviar ao primeiro poste e a fazer o empate. O mais difícil parecia feito, mas o Arouca nunca deixou de procurar a baliza adversária e apenas Casillas impediu o golo de Nuno Coelho. Numa fase muito rápida do jogo, o F. C. Porto respondeu com mais um centro venenoso de Layún e Corona cabeceou para mais uma bela intervenção de Bracalli.
Mesmo em cima do intervalo, o Dragão esteve perto de gelar: Mateus isolou-se e, com todo o espaço do Mundo e um colega livre à direita, optou pelo remate contra o corpo de Casillas. O intervalo não mudou o figurino do jogo e a segunda parte começou com Aboubakar a perder mais um duelo cara a cara com o guarda-redes do Arouca.
Aos 63 minutos, lance polémico no Dragão, com Brahimi a fazer a bola entrar na baliza, mas o lance foi anulado por fora de jogo, no limite, do extremo argelino. Apenas três minutos depois, o Arouca voltou a marcar.
Lançamento longo e, após dois erros consecutivos de Maicon, Walter González bateu o desamparado Casillas. Peseiro tirou o central para lançar Rúben Neves e, pouco depois, apostou em Marega para o lugar de Brahimi e o argelino não gostou, atirando mesmo com o casaco no banco dos suplentes.
A aposta do técnico quase dava frutos imediatos, com Marega a rematar à meia volta, mas Bracalli impediu a festa do maliano e, pouco depois, nem Marega nem Aboubakar chegaram a um cruzamento da direita. Na outra área, dúvidas num possível empurrão de Indi a Walter, mas o árbitro mandou jogar. Nada que impedisse o Arouca de festejar o triunfo na Invicta.