Formação académica deu ferramentas a Afonso Azevedo para lidar com o final da carreira. Ex-ciclista deixa recomendação aos atuais e futuro corredores.
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A gestão e os desafios do pós-carreira dos atletas profissionais tem sido um tema recorrentemente debatido, frisando-se, quase sempre, a importância de uma formação académica ou profissional para encarar o futuro com melhores ferramentas.
O ciclismo não é exceção nesse debate, e são vários os atuais e ex-ciclistas que viram nos estudos um plano B para lidar melhor com o momento de pousar a bicicleta. Assim aconteceu com Afonso Azevedo, ex-corredor da Maia-Milaneza, agora com 40 anos, que se formou como arquiteto.
“Mesmo quando era sub-23 nunca abdiquei da escola. Entrei num curso de design gráfico, e, mais tarde, quando a minha situação de carreira se alterou radicalmente, fiz a mudança para arquitetura. Acabou por ser a minha escapatória mental e profissional”, partilhou com o JN.
O ex-atleta sempre teve a noção que “precisava de um plano B” e apontou que, apesar da dedicação que a modalidade exige, há sempre tempo para os estudos. “É apenas uma questão de gerir o tempo. Para um ciclista que compete em Portugal dá perfeitamente para conciliar as provas com os livros”, assegurou.
Afonso Azevedo lembra que não é só uma formação universitária que garante alternativas. “Mesmo com o curso, continuei ligado ao ciclismo, atualmente como representante da marca de equipamentos Ulevel. O importante é focar-nos num projeto”, recomenda.