Arranque do campeonato nacional de surf promete "grandes ondas" na Figueira da Foz
Competição maior do calendário doméstico, a Liga MEO Surf arranca esta sexta-feira, na emblemática praia do Cabedelo. Frederico Morais está de regresso após falhar a edição de 2024, enquanto Guilherme Ribeiro e Teresa Bonvalot defendem os títulos.
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Denominado Liga MEO Surf 2025, o campeonato nacional de surf arranca esta sexta-feira, na Figueira da Foz, com a mítica praia do Cabedelo a ser palco da primeira etapa da competição, que volta a contar com Frederico Morais, tricampeão nacional que falhou a edição de 2024 devido a lesão.
Nome grande da modalidade em Portugal, o atleta, de 33 anos, regressa ao ativo após recuperar de um problema no tornozelo e perfila-se como concorrência de peso para Guilherme Ribeiro, o campeão em título na vertente masculina. Na competição feminina, é Teresa Bonvalot quem tem um título a defender.
“É ótimo poder voltar. É um circuito que tem um nível bastante elevado e que vai puxar por mim, numa altura em que estou em processo de recuperação de uma lesão no tornozelo. É uma boa forma de começar a aquecer os motores para as provas internacionais, após ter estado parado por lesão durante três meses”, referiu Frederico Morais, campeão nacional em 2013, 2015 e 2020, na antevisão ao evento para a Associação Nacional de Surfistas (ANS)
Para alcançar o “tetra”, Frederico Morais tem que, entre outros, superar Guilherme Ribeiro, vencedor da última edição e por isso principal candidato ao troféu. Ao JN, o campeão sublinha que o regresso de “Kikas” aumenta o nível e a competitividade.
“Não estava à espera que ele participasse, mas é bom ter oportunidade de competir com ele. É muito bom que ele esteja de volta, mas vai dar-me mais trabalho. Será um adversário de peso”, referiu Guilherme Ribeiro, que prevê uma luta pelo título muito apertada: “Todo o top-10 tem qualidade para ganhar o troféu. Há uma geração mais nova a chegar em peso e não vai ser fácil, mas quero ganhar o tri”.
Esta quinta-feira, o surfista natural da Costa da Caparica já esteve no mar da praia do Cabedelo e gostou do que viu e sentiu.
“A Figueira é a minha etapa preferida, não só em termos de consistências das ondas mas também em qualidade. A previsão está muito boa e tenho a certeza que será uma grande competição”, acrescentou Guilherme Ribeiro.
Na vertente feminina, Teresa Bonvalot apresenta-se como favorita e em busca do sexto título nacional, o último conquistado em 2024.
“Estou confiante, tenho treinado bastante e estou motivada para a competição. É a primeira prova mais a sério esta época, as condições vão estar boas para a prática da modalidade, vai ser bom”, disse ao JN. Também ela salientou a evolução da “geração mais nova, que está a dar cartas”. “Espero mais concorrência este ano, mas vejo isso como algo positivo”, completou a surfista que representou Portugal nos últimos Jogos Olímpicos, em Paris.
Para além de “abrir as hostilidades na luta pelos títulos nacionais, o Allianz Figueira Pro é a primeira de três etapas da Allianz Triple Crown, um sub-troféu que irá distinguir os melhores surfistas que obtenham os melhores resultados no conjunto das etapas da Figueira da Foz, Ericeira e Ribeira Grande”, explica a Associação Nacional de Surfistas.
O Allianz Figueira Pro é a primeira de cinco etapas que compõem o campeonato nacional. A segunda tem início marcado para 25 de abril, em Matosinhos, seguindo-se a etapa na Ericeira, entre 16 e 18 de Maio. A praia do Areal de Santa Bárbara, nos Açores, recebe a quarta etapa, entre 13 e 15 de junho, enquanto as decisões ficam reservadas para outubro, nos dias 24, 25 e 26, em Peniche.