
Alex Telles festeja o segundo golo do Botafogo
Foto: Juan Ignacio Roncoroni / EPA
O Botafogo conquistou, este sábado, a Taça Libertadores, após vencer, em Buenos Aires, o Atlético Mineiro, por 3-1. A equipa de Artur Jorge ficou reduzida a dez elementos logo aos 40 segundos da primeira parte, mas resistiu a tudo para levantar, pela primeira vez na história do clube, o troféu internacional.
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Bem encaminhado para celebrar, pela primeira vez desde 1995, o Brasileirão - precisa de quatro pontos nas duas últimas jornadas -, a equipa do Rio de Janeiro subiu ao topo do futebol sul-americano e com golos de Luís Henrique e Alex Telles ganhou, ainda, o direito a disputar o próximo Mundial de Clubes.
Artur Jorge conseguiu, assim, o primeiro grande objetivo à frente do "fogão" e igualou os feitos de Jorge Jesus e Abel Ferreira, que conquistaram, respetivamente, a Taça Libertadores pelo Flamengo (2019) e Palmeiras (2020 e 2021).
O ambiente ficou quente quando as duas equipas se defrontaram na 34.ª jornada do Brasileirão, jogo que terminou empatado a zero, e ferveu logo aos 40 segundos da final da Libertadores. Gregore teve uma entrada duríssima e acertou na cabeça de Fausto Vera, com o árbitro argentino a não ter dúvidas e a expulsar o médio do Botafogo.
Reduzida a dez elementos e com uma maratona pela frente, a equipa de Artur Jorge até começou por reagir bem à contrariedade, mas o primeiro lance de perigo foi criado por Hulk. O ex-jogador do F. C. Porto rematou de muito longe e John teve de se aplicar para manter tudo a zero.
A verdade é que este lance foi um oásis no deserto de ideias que era o futebol ofensivo do “galo” que, aos 35 minutos, se viu a perder. Jogada de insistência do Botafogo e a bola a sobrar para a recarga de Luís Henrique.
A surpresa tornou-se ainda maior cinco minutos depois, quando o VAR alertou o árbitro para um penálti de Everson sobre Luís Henrique. Chamado a converter, Alex Telles, ex-defesa esquerdo do F. C. Porto, não perdoou e colocou o “fogão” a vencer por dois golos de diferença.
O treinador do Atlético fez três alterações ao intervalo e foi um dos elementos lançados, Vargas, que relançou a equipa na discussão da final, com um golo de cabeça após pontapé de canto cobrado por Hulk.
O mesmo Hulk ficou muito perto de empatar aos 64 minutos, mas John travou o remate do avançado. A pressão da equipa de Belo Horizonte era enorme, mas Vargas perdeu duas oportunidades de ouro para empatar e o Botafogo chegou ao terceiro ao sétimo minuto de compensação, por Júnior Santos.
Artur Jorge conquistou a América do Sul e a eternidade no Botafogo.

