O Mundial de todos os campeões! O Campeonato do Mundo do Brasil vai juntar as oito nações que já levantaram a Taça Jules Rimet - Brasil, Argentina, Uruguai, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália e França - e conta apenas com um pais estreante a este nível, a Bósnia-Herzegovina.
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Portugal prepara-se para disputar o sexto mundial da sua história - o quarto consecutivo - e não faltará quem sonhe em, pelo menos, repetir as prestações de 1966 e 2006, em que a seleção das quinas atingiu as meias-finais.
Seleções
Espanha (1º do Ranking Mundial de novembro): Estará La Roja preparada para continuar a dominar o futebol mundial? Primeiro país a conquistar três títulos continentais consecutivos - dois europeus e o Mundial da África do Sul -, a campeã Espanha chega ao Brasil como natural favorita, mas resta saber se o estilo de jogo dos espanhóis resistiu à passagem do tempo.
Alemanha (2.º): Tricampeã mundial com os títulos de 1954, 1974 e 1990, a Alemanha é sempre uma das grandes favoritas ao Mundial, embora esteja afastada dos grandes títulos desde que ganhou o Europeu de 1996. Depois de uma qualificação fácil, com nove vitórias em 10 jogos, a Mannschaft procura chegar à oitava final de um Campeonato do Mundo.
Argentina (3.º): Mais uma das eternas favoritas, a Argentina já habituou o Mundo ao melhor e ao pior. Campeã em 1978 e 1986, a Albiceleste sonha em repetir, no Brasil, as conquistas alcançadas no tempo de Diego Armando Maradona. A estrela, agora, é Lionel Messi, o super-jogador a quem ainda falta o título de campeão do Mundo. Será desta?
Colômbia (4.º): Ausente do grande palco mundial desde 1998, a Colômbia chega ao Brasil rodeada de uma aura de otimismo. Composta por grandes jogadores, onde se destacam James Rodríguez e, claro, Radamel Falcao, a Colômbia só por uma vez ultrapassou a fase de grupos de um Campeonato do Mundo (1990). Em 1994 era uma das favoritas, mas caiu após os três primeiros jogos.
Portugal (5.º): O susto do costume e a ambição de sempre. Portugal vai disputar o sexto mundial da sua história, depois de ultrapassar o playoff frente à Suécia, e sonha repetir, pelo menos, a presença nas meias-finais, algo que conseguiu em 1966 e 2006. Se Cristiano Ronaldo se apresentar ao nível que conseguiu frente aos suecos, o céu é o limite para os portugueses.
Uruguai (6º): Bicampeão do Mundo (1930 e 1950), o Uruguai é, também, o campeão das repescagens. Disputou os Playoffs para os últimos quatro mundiais - só ficou de fora uma vez - e tem um punhado de jogadores de grande classe que permitem sonhar numa repetição do quarto lugar do Mundial 2010. Ou, quem sabe, repetir o Maracanazo de 1950.
Itália (7.º): A seguir ao pentacampeão Brasil, a Itália é o país com mais títulos mundiais conquistados. Levantou a Taça em quatro ocasiões (1934, 1938, 1982 e 2006) e, mesmo que o bom futebol nunca tenha sido uma imagem de marca, a Squadra Azzurra é sempre um adversário que todos preferem evitar. Sobretudo a partir dos jogos a eliminar...
Suíça (8.º): É o cabeça-de-série que todos querem defrontar na fase de grupos. Prestes a disputar o 10º mundial da sua história, a Suíça nunca conseguiu melhor do que atingir os quartos de final e a última vez que isso aconteceu foi há 50 anos! Na África do Sul 2010, foi a única seleção a vencer a Espanha, na abertura, mas nem assim passou a fase de grupos.
Holanda (9.º): É, muito provavelmente, a seleção mais azarada de sempre na história dos Mundiais. A Holanda já chegou a três finais de Campeonatos do Mundo (1974, 1978 e 2010) e teve sempre de se contentar com a medalha de vice-campeão, sendo que, na África do Sul 2010, perdeu o jogo decisivo com a Espanha a quatro minutos do final do prolongamento.
Brasil (10.º): A festa está preparada, a "torcida" ansiosa e o Brasil pronto para organizar o segundo mundial da sua história. Pentacampeão do Mundo, o escrete voltou a confiar em Luiz Felipe Scolari, o último técnico a garantir a conquista do título em 2002, e talento não falta à canarinha comandada por Neymar. Mas os ecos do Maracanazo de 1950, em que perdeu a final no Maracanã com o Uruguai, ainda se fazem ouvir.
Bélgica (11.º): Os Diabos Vermelhos estão de volta com uma seleção recheada de jovens talentos, que passou pelas eliminatórias europeias sem quaisquer problemas. Com os bem conhecidos dos portugueses Steven Defour e Axel Witsel, a Bélgica tem talento para dar nas vistas no Brasil 2014 - é cabeça-de-série - e basta saber se aguenta a pressão do mundial.
Grécia (12.º): A seleção helénica é um caso de amor-ódio para os adeptos portugueses. Se ninguém esqueceu a derrota na final do Euro 2004, a Grécia chega ao Brasil comandada pelo português Fernando Santos e vai procurar impor o seu estilo. Presentes pela terceira vez num Mundial, os gregos vão tentar chegar à fase a eliminar pela primeira vez.
Inglaterra (13.º): A seleção britânica um clássico exemplo de quando a fama não equivale ao proveito. Campeã do Mundo no mundial que organizou (1966), a Inglaterra encabeça sempre o lote de segundos favoritos, mas nunca mais conseguiu brilhar. A presenças nas meias-finais de 1990 foi o melhor que conseguiu desde que levantou o troféu em Wembley.
Estados Unidos (14.º): É, até hoje, a seleção não europeia ou sul-americana com o melhor resultado num Mundial. O terceiro lugar foi conseguido nos primórdios do futebol (1930), é verdade, mas desde 1990 que os norte-americanos não falham um Mundial e estão habituados a ultrapassar a fase de grupos. Portugal lembra-se bem disso do Mundial de 2002.
Chile (15.º): A seleção chilena está preparada para o nono mundial da sua história, embora esteja muito longe de ser considerada favorita pelas casas de apostas. Com um terceiro lugar no Mundial que organizou, em 1962, o Chile nunca mais conseguiu chegar às meias-finais e o melhor que conseguiu foram os oitavos em 1998 e 2010, sendo eliminado pelo Brasil.
Croácia (16.º): A estreia em Campeonatos do Mundo foi de sonho. Em 1998, a Croácia garantiu o terceiro lugar final e ninguém esquece a goleada, por 3-0, à Alemanha nos quartos de final, nem a desilusão da derrota com a França nas meias. Em 2002 e em 2006, os croatas não passaram da fase de grupos e, agora, chegaram ao Brasil após derrotarem a Islândia no playoff.
Costa do Marfim (17.º): O país africano mais bem colocado no ranking da FIFA nunca conseguiu traduzir o seu bom futebol nas duas fases finais que já disputou. Mas a sorte também nunca esteve do lado dos marfinenses, que foram sorteados em grupos muito complicados tanto em 2006 como em 2010, ano em que empataram a zero com Portugal na África do Sul.
França (19.º): Talento foi algo que nunca faltou, mas o primeiro, e único, título mundial só surgiu quando organizou o Mundial de 1998. Em 2006 perdeu a final nos penáltis com a Itália, após eliminar Portugal nas meias, mas na África do Sul passou pela vergonha de ser eliminada na primeira fase. Será que Ribéry e companhia têm qualidade para conquistar o Brasil?
México (20.º): Os mexicanos precisaram de sofrer a bom sofrer para chegar ao Mundial. Favoritos na CONCACAF, desiludiram no torneio hexagonal e só uma ajuda do rival Estados Unidos, frente ao Panamá no último jogo, permitiu ao México disputar o playoff, em que goleou a Nova Zelândia por 9-3 no conjuntos dos dois jogos.
Bósnia-Herzegovina (21.º): Com o quarto melhor ataque da zona europeia de qualificação, a Bósnia-Herzegovina vai disputar o primeiro mundial da sua história, depois de falhar a África do Sul 2010 ao ser derrotada por Portugal no playoff. Terminou as eliminatórias europeias em igualdade pontual com a Grécia, mas com melhor saldo de golos.
Rússia (22.º): Rivais de Portugal no Grupo F das eliminatórias europeias, os russos conseguiram uma fase de qualificação bem regular e, com os deslizes da seleção das quinas, selaram o apuramento em primeiro lugar. O italiano Fabio Capello montou uma seleção bem organizada e que tem jogadores de qualidade que podem surpreender no Brasil.
Equador (23.º): Garantiu a última vaga direta do torneio sul-americano graças a uma melhor diferença de golos do que o Uruguai e bem pode agradecer ao fator-casa. A jogar em Quito, o Equador venceu sete jogos e empatou apenas um, mas como forasteiro não somou qualquer triunfo. Vai disputar o terceiro mundia da sua história, depois de ter chegado aos oitavos de final em 2006.
Gana (24.º): É, muito provavelmente, a seleção africana com mais chances de brilhar no Brasil 2014. Com uma equipa recheada de talentos, sobretudo no ataque, os ganeses já provaram que estão preparados: em 2006 chegou aos oitavos de final e, em 2010, só não atingiu as meias por causa de um penálti falhado frente ao Uruguai nos instantes finais.
Argélia (26.º): Única seleção do norte de África presente no Mundial - o Egito foi eliminado pelo Gana no playoff -, a Argélia superou o Burkina Faso na repescagem para chegar ao Brasil 2014. O objetivo é passar, pela primeira vez, a fase de grupos, fase em que foi eliminada em 1982, 1986 e 2010.
Costa Rica (31.º): A Costa Rica fez da solidez defensiva a sua grande arma nas eliminatórias da CONCACAF. Com a defesa menos batida do hexagonal final, os costa-riquenhos terminaram atrás dos Estados Unidos e vão disputar o quarto mundial da sua história, sendo que, na estreia em 1990, atingiram mesmo os oitavos de final.
Nigéria (36.º): Os dois primeiros mundiais das Super Águias foram fantásticos, com a seleção a atingir os oitavos de final em 1994 e 1998, mas desde então, os nigerianos não voltaram a brilhar, sendo eliminados nas fases de grupos das três últimas edições do torneio. Com uma equipa rejuvenescida, a Nigéria quer voltar aos anos dourados.
Honduras (41.º): As Honduras conseguiram um dos resultados mais surpreendentes de todas as fases de qualificação, ao venceram o México em plano Estádio Azteca. Assim, os hondurenhos selaram a qualificação direta para o Brasil 2014, que será a terceira participação do país, eliminado na fase de grupos em 1982 e 2010.
Irão (45.º): A qualificação do Irão para o Campeonato do Mundo tem dedo português. O técnico Carlos Queiroz enfrentou bastantes dificuldades nas eliminatórias asiáticas, mas carimbou o passaporte para o Brasil com uma histórica vitória na Coreia do Sul. Os persas nunca passaram da fase de grupos nos três mundiais anteriores, tendo perdido com Portugal em 2006.
Japão (48.º): O Brasil 2014 vai ser o quarto Mundial consecutivo do Japão, uma das grandes potências asiáticas, que se estreou quando co-organizou o Campeonato de 2002. Ficou pela fase de grupos, ultrapassando esse patamar quatro anos depois, sendo eliminado pelo Paraguai nos oitavos de final. Com um futebol muito rápido promete ser um adversário complicado no Brasil.
Camarões (51.º): Foi a primeira seleção africana a surpreender nos Mundiais, quando atingiu os quartos de final em 1990, na inesquecível campanha da equipa de Roger Milla e companhia, que só foi travada pela Inglaterra. Ainda é, juntamente com o Gana em 2010, a melhor participação de sempre de uma seleção do Continente negro.
Coreia do Sul (54.º): A qualificação dos sul-coreanos para o Brasil foi tudo menos fácil. Estiveram a um passo de ser eliminados nas duas fases de apuramento asiáticas, mas acabaram por conseguir a classificação direta. O quarto lugar da Coreia do Sul no Mundial de 2002, que co-organizou com o Japão, é o melhor resultado de sempre de uma seleção asiática.
Austrália (59.º): A pior classificada no ranking FIFA a garantir a presença no Campeonato do Mundo do Brasil não teve tarefa nada fácil, já que na segunda fase de grupos, só conseguiu superar o Iraque graças a um golo nos instantes finais do jogo. Em 2006, a Austrália chegou aos oitavos de final e ficou muito perto de eliminar a Itália.