Plantel está com três meses de salários em atraso e as dificuldades acentuam-se. Sindicato dos Jogadores reuniu com o grupo e ativou o Fundo de Garantia Salarial.
Corpo do artigo
Devido a três meses de salários em atraso, o Sindicato dos Jogadores reuniu, na manhã desta quarta-feira, com o plantel do Varzim, que atualmente está a competir na fase de apuramento do campeão da Liga 3. Foi decidido ativar o Fundo de Garantia Salarial para as competições não profissionais.
Os jogadores dos lobos do Mar têm enfrentado uma situação particularmente difícil desde a demissão da Direção, o que levou à nomeação de uma Comissão Administrativa para gerir os destinos do clube. O Sindicato deu também a garantia de uma reunião com a administração do clube e com a FPF de forma a tentar resolver o problema.
“O Sindicato tem acompanhado o caso do Varzim e quero realçar que os jogadores têm tido uma postura de cooperação e enorme profissionalismo. Apesar deste compromisso coletivo, a situação chegou ao limite e não há uma resposta concreta do clube. Neste momento o plantel exige respostas e tomará uma posição de força, caso a situação não seja resolvida. Apesar da melhoria ao nível dos mecanismos de licenciamento e controlo salarial nos últimos anos, é inaceitável que casos como este continuem a suceder”, lamentou o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista.
Do lado dos jogadores, Ricardo, capitão do Varzim, foi o porta-voz do plantel, e rejeitou a hipótese de uma greve, mas deixou um alerta. “Expusemos os nossos problemas nesta reunião com o Sindicato, transmitimos a nossa situação atual e pedimos ajuda porque atingimos o nosso limite e já existem situações complicadas para resolver. O Sindicato vai ajudar-nos a tentar minimizar o problema e veio prestar-nos solidariedade e dizer que está do nosso lado. Os jogadores têm muito poder porque somos os verdadeiros artistas e temos de usar esse poder para reivindicar os nossos direitos. Nunca passou pela nossa cabeça fazer greve ou parar de treinar, porque o nosso profissionalismo nunca será posto em causa, independentemente de não cumprirem connosco", explicou.