Uma das maiores e mais difíceis provas de corrida do Mundo arranca este domingo com uma etapa de 36 km nas areias do Saara.
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Quando uma prova de várias etapas em auto-suficiência arranca em período de Ramadão num país árabe, uma coisa é garantida: a alimentação será o maior desafio, porque não haverá jantar normal antes de se partir para o inferno do Saara e aguentar sete dias com comida de campanha.
Foi o que aconteceu com os atletas da 37* Maratona das Areias, que arranca este domingo e na qual participam cinco atletas com a bandeira portuguesa. Carlos Guerreiro Coelho, Nuno Queiroz (Mara), Luiz Abreu Freire e Filipe Nuno entre os masculinos e Ester Alves, na coluna das mulheres.
Já instalados no acampamento da partida depois de uma viagem de seis horas, os atletas trataram este sábado de comprovar que prepararam devidamente todo o material exigido e permitido e procederam à medição do peso da mochila, antes do "último jantar".
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A maior etapa soma 90 k e está marcada para quarta-feira, depois de percursos de 36 km, 31,7 km e 34,4 km. A quinta-feira é dedicada ao descanso antes do último dia grande com a distância da maratona (42,2 km). O último dia é uma etapa solidária de 9 km.
A Maratona das Areias é uma prova de 250 km por etapas, considerada das mais duras do Mundo. Junta 1256 atletas de 54 países, o mais velho dos quais com 82 anos e a maioria deles franceses. Mulheres são 270, um aumento de 21,5% face à edição anterior.
O JN vai acompanhar diariamente a prova através do relato da portuguesa Ester Alves, atleta de 42 anos com várias ultras no currículo.
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