O Tribunal Arbitral do Desporto rejeitou o recurso dos atletas russos à suspensão imposta pela Associação Internacional das Federações de Atletismo, confirmando a ausência dos Jogos Olímpicos Rio2016.
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"O painel do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) confirmou a validade da decisão da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) de aplicar as regras (...), segundo as quais os atletas de uma federação que esteja suspensa pela IAAF são inelegíveis para competições organizados sob as regras da IAAF", lê-se num comunicado.
A federação russa e 68 atletas tinham recorrido da decisão da IAAF de suspender o atletismo russo de todas as provas, incluindo os Jogos Olímpicos, na sequência de um relatório independente da Agência Mundial Antidopagem (AMA), que revelou um sistema de dopagem apoiado pelo governo.
67 atletas tinham também recorrido da decisão da IAAF de impedir que participassem no Rio2016 como independentes.
A IAAF já saudou a decisão do TAS. "[A IAAF] Tomou uma posição forte na defesa do código da Agência Mundial Antidopagem (AMA), sem medo ou favores, e está satisfeita por o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) apoiar a sua posição", refere a associação em comunicado.
O organismo do atletismo mundial diz ainda que a decisão do tribunal de Lausana criou condições equitativas para os atletas. "O TAS defendeu o direito da IAAF em aplicar as suas regras na proteção do desporto, de proteger atletas limpos e apoia a credibilidade e integridade da competição", acrescenta ainda a nota.
Também o presidente da entidade máxima do atletismo, Sebastian Coe, deixou uma mensagem, mostrando a sua satisfação com o apoio das regras e do código antidopagem, embora tenha falado de alguma amargura.
"Este não é um dia de comunicados triunfantes. Não vim para este desporto para impedir atletas de competirem. Há um desejo instintivo da nossa federação de incluir, não de excluir. Além do grupo de trabalho do Rio, vamos continuar a trabalhar com a Rússia para criarmos um ambiente limpo para os seus atletas, para que a sua federação e equipa possam regressar ao reconhecimento internacional e às competições", concluiu.