O goleador de rapina que, há um ano, marcou o golo da vitória do F. C. Porto na final da Liga Europa, é o mesmo Falcao que, quarta-feira, em Bucareste, fez dois dos três golos com que o Atlético de Madrid bateu o Atlético de Bilbau (3-0) e recuperou a taça ganha em 2010.
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Após os 17 golos na Liga Europa de 2010/11 (recorde da UEFA numa só época), Falcao fez mais 12 e também é o melhor deste ano. Os últimos dois foram obras de autor, para desespero dos bascos, que nada puderam contra o melhor 9 do planeta.
Ou como, em duas épocas, o ex-craque do F. C. Porto leva 29 golos no contador pessoal. Na história da Taça UEFA/Liga Europa, só o já retirado Henrik Larsson fez melhor (40). Mas o sueco não perde pela demora, ainda que, por este andar, não se veja como Falcao possa ficar no Atlético e fora da próxima Liga dos Campeões.
"Falcao ficará se tivermos investimento suficiente. Se ele ficar, ficaremos encantados. Comprámo-lo por 40 milhões. Inicialmente, pagámos 20 milhões. Em Julho, pagaremos mais 10 e, no próximo ano, os outros dez milhões. Mas, se o clube necessitar de dinheiro, teremos de o encontrar, seja com Falcao ou com outro", disse à Cadena SER Miguel Ángel Gil Marín, acionista maioritário do Atlético, como quem prevê a cobiça alheia.
E como tantas vezes sucede, as pontas da história voltaram a tocar-se, quando outro ex-jogador do F. C. Porto - campeão mundial pelos dragões, em 2004 - resolveu de vez a questão. Após ameaços do Bilbau, o médio brasileiro Diego fugiu em contra-ataque e finalizou ele próprio a jogada que fechou o marcador (85 m). Aos bravos bascos, resta-lhes a Taça do Rei, a disputar com o Barça.