Patrícia Mamona, Pedro Pichardo e Auriol Dongmo estão entre os favoritos aos lugares de pódio na competição que começa na próxima sexta-feira em Belgrado.
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Atletismo Sete meses depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a nata do atletismo internacional volta a reunir-se na capital sérvia, para a 19.ª edição dos Mundiais de Pista Coberta, que decorrem entre os dias 18 e 20 de março, e nos quais a delegação lusa ambiciona destacar-se, em função da presença de três atletas que estão claramente entre os favoritos às medalhas.
Pedro Pichardo, melhor triplista mundial da atualidade, é mesmo o grande candidato ao ouro na Arena Stark, depois de ter iniciado 2022 perto do nível que lhe valeu a conquista do título olímpico em 2021. O saltador luso-cubano detém a melhor marca mundial do ano, com 14,70 metros, bem à frente do segundo do ranking, Fabrice Zango, do Burundi (13,94 metros).
No triplo salto feminino, Patrícia Mamona chega à Sérvia como terceira melhor do ano, com a marca de 13,73 metros, e vai lutar pelo pódio, sabendo-se que, em condições normais, a venezuela Yulimar Rojas (já saltou 15,22 metros em 2022) não dará hipóteses a ninguém na corrida ao lugar mais alto do pódio. Tal como Pichardo, Mamona foi campeã da Europa no ano passado e tem uma palavra a dizer, depois de ter brilhado com a prata em Tóquio.
Quanto a Auriol Dongmo, outra atual campeã europeia de pista coberta, é também a líder mundial deste ano no lançamento do peso (13,62 metros) e vai procurar redimir-se da desilusão de ter ficado à porta do pódio olímpico, em agosto passado. No papel, a chinesa Lijiao Gong, que já conseguiu um registo de 13,55 metros em 2022, é a principal adversária de Dongmo, mas é sabido que o concurso do peso feminino é quase sempre equilibrado.
História com três pódios
Se a equipa lusa concretizar o objetivo de ganhar três medalhas em Belgrado, o feito será inédito, pois Portugal nunca conquistou mais de duas na mesma edição dos Mundiais de Pista Coberta (foi esse o registo de 2004, com o ouro de Naide Gomes no pentatlo e a prata de Rui Silva nos 3000 metros, e de 2001, com o ouro de Rui Silva nos 1500 metros e o bronze de Carlos Calado no comprimento). A última medalha de Portugal foi ganha em 2018, por Nélson Évora (bronze no triplo salto), e o último ouro remonta a 2008, conquistado por Naide Gomes, no salto em comprimento.
Portugal terá, em Belgrado, a segunda maior delegação de sempre, com 12 atletas, só superada pela de 2001, quando a prova foi realizada em Lisboa. Tiago Pereira, no triplo salto, também é candidato a um lugar na final, mas para os restantes oito atletas essa missão é quase impossível.
Outros portugueses
Jéssica Inchude
Lançamento do peso
Cátia Azevedo
400 metros
Lorene Bazolo
60 metros
Rosalina Santos
60 metros
Abdel Larrinaga
60 metros
Carlos Nascimento
60 metros
Francisco Belo
Lançamento do peso
Isaac Nader
1500 metros
Tiago Pereira
Triplo salto