O auditório do Estádio do Dragão, onde habitualmente se realizam conferências de imprensa, antes e depois dos jogos, ou em actos oficiais do clube, passará a ter o nome de José Maria Pedroto.
Trata-se de mais uma homenagem feita pelo F. C. Porto ao treinador falecido há precisamente 25 anos, num dia que será marcado por vários eventos associados a essa data marcante na história do clube.
Às 18 horas, será rezada, na Igreja das Antas, uma missa em memória de Pedroto, seguindo-se, uma hora depois, já no Dragão, uma cerimónia que precede o jantar de homenagem no camarote presidencial, no qual estarão presentes cerca de 400 convidados, entre os quais muitos amigos do treinador, que com ele privaram a nível pessoal e profissional, e também o selecccionador nacional, Carlos Queiroz. A seguir, na Tribuna VIP, realiza-se um concerto de música clássica.
Despedida: Funeral mobilizou a cidade
Quando o corpo de José Maria Pedroto foi a enterrar no mausoléu do clube, no cemitério de Agramonte, a cidade do Porto parou para chorar e prestar a última homenagem ao mestre. O cortejo fúnebre durou mais de três horas e os adeptos colocaram nas janelas bandeiras do F. C. Porto tarjadas de negro. Na altura, o JN noticiou que tinham passado mais de 60 mil pessoas pelo antigo pavilhão das Antas, onde o corpo esteve em câmara ardente.
Ambição: Escrever livro era um sonho
Pedroto era um homem culto, lia Miguel Torga, Fernando Pessoa e Ary dos Santos, aliás, dizia que lia muito e dormia pouco. Gostava de escrever poesia nos tempos livros, mas nunca publicou nenhum dos seus escritos. O seu grande sonho era escrever um livro sobre futebol, um objectivo que nunca foi concretizado. Nos tempos livres, adorava jogar flippers, jogar à sueca e pescar.
Desejado: Na agenda do Barcelona
Depois de ter treinado o Boavista foi convidado para orientar o Barcelona e o Atlético de Madrid, mas recusou, alegando "não ter espírito de emigrante". Em 1981, também recebeu convites do Benfica e do Sporting. Porém, manteve-se no Norte do país, a sua "mui querida região". Foi treinador do Vitória de Guimarães.
Condecoração: Recebeu a ordem do infante
A 29 de Novembro de 1984, Pedroto já se encontrava doente quando recebeu do presidente da República a Ordem do Infante D. Henrique.
Eterno: Mestre dá nome a sete ruas
Há sete ruas de José Maria Pedroto espalhadas pelo país. Uma na Maia, outra na cidade do Porto, quatro em Lisboa e uma em Setúbal.
