A "tolerância zero" anunciada pelo Conselho de Arbitragem para a nova época já se reflete no número de cartões vermelhos exibidos aos técnicos. Comportamento dos bancos na mira disciplinar.
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Nas primeiras cinco jornadas do campeonato já houve quatro vezes mais expulsões de treinadores que em igual período da temporada passada. Quatro técnicos já viram o cartão vermelho, quando, na mesma altura da prova de 2021/22, só se havia registado uma expulsão.
A recomendação do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol de "tolerância zero" para com os bancos de suplentes e protestos, lembrando-lhes o papel de autoridade que têm no jogo, já se reflete em termos de expulsões de treinadores. Nas primeiras cinco jornadas, houve quatro vermelhos. Luís Freire (Rio Ave) foi expulso logo na primeira ronda, com o Vizela. Seguiram-se duas jornadas sem vermelhos, mas a série foi retomada na quarta ronda e em dose dupla: César Peixoto (Paços de Ferreira) foi expulso com o Estoril, tal como Rui Pedro Silva (Famalicão), frente ao Santa Clara. Entretanto, Moreno Teixeira (Vitória de Guimarães) viu o vermelho no dérbi com o Braga, na quinta jornada.
Na época passada, à quinta jornada, só havia uma expulsão: Petit, então técnico do B SAD, viu o cartão vermelho com o Moreirense, na quarta ronda.
"Até esperava mais! Os árbitros foram instruídos no sentido de terem pouca tolerância em relação a protestos e é natural que os números subam", adverte, ao JN, Paulo Pereira, ex-árbitro de futebol.
Tal como os jogadores, os treinadores, ao quinto cartão amarelo, têm de cumprir um jogo de suspensão. Nesta Liga, Sérgio Conceição (F. C. Porto) já viu dois cartões amarelos. Roger Schmidt (Benfica) e Ruben Amorim (Sporting) têm um amarelo cada no registo.