Médio do Benfica renunciou à Noruega para ter mais tempo com a família. Desgaste físico e mental obriga jogadores a abdicar da seleção.
Corpo do artigo
O calendário apertado, poucas férias e cada vez mais competições para disputar. É esta a vida de um futebolista internacional. A junção destes fatores leva a que os jogadores queiram priorizar outras coisas da vida pessoal e o caso de Aursnes é elucidativo. O polivalente do Benfica renunciou à seleção da Noruega para passar mais tempo com a família. No passado já vimos casos semelhantes e podem ser cada vez mais recorrentes.
O calendário de clubes está muito apertado e a tendência é piorar. Quando se analisa o número de jogos que os futebolistas fazem, os dados surpreendem: nas últimas seis épocas, Bernardo Silva (Man. City) fez uma média de 51 partidas por temporada e Vinícius Jr (Real Madrid), nas três anteriores, disputou 52 encontros em média. São números elevados, que pioram quando se soma os compromissos das seleções. Por exemplo, Bruno Fernandes, em 2022/23, entre Manchester United e Portugal, fez 76 jogos, ao passo que Lautaro Martínez, do Inter, competiu em 68 partidas. O novo modelo da Liga dos Campeões vai piorar o quadro: atualmente, o máximo que um futebolista pode jogar é 13 jogos mas, a partir da próxima época, poderá disputar 15 ou 17. Além disso, antes do arranque da próxima temporada haverá o Euro 2024 e, depois, em 2025, o Mundial de Clubes.