A seleção australiana, que vai participar no Mundial 2022, no Catar, deixou uma forte mensagem nas redes sociais, onde defende os direitos LGTBI+ e as condições dignas no trabalho
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Os "Soceroos" incitaram o Catar a avançar para reformas na área dos direitos humanos, num vídeo publicado nas redes sociais, no qual vários jogadores manifestam diversas preocupações em questões relacionadas com o próximo Campeonato do Mundo, entre as quais o tratamento dos trabalhadores migrantes, isto na sequência da morte de milhares deles durante a construção de infraestruturas para a competição.
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"Há valores universais que devem definir o futebol: valores como respeito, dignidade, confiança e coragem. Quando representamos a nossa nação, aspiramos a encarnar estes valores", disse o capitão, Matt Ryan.
O médio Denis Genreau sublinhou ainda que os elementos da equipa da Austrália "apoiam plenamente os direitos do povo LGTBI+ [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero, Intersexuais +]".
"No Catar as pessoas não são livres de amar a pessoa da sua escolha. Abordar estas questões não é fácil e não temos todas as respostas», acrescentou.
Os jogadores pedem ainda reformas no tratamento dos migrantes e na abordagem a comunidades sexualmente diversas.
"Isto deve incluir a criação de um centro de recursos para migrantes, soluções eficazes para aqueles a quem são negados os seus direitos e a discriminalização de todas as relações entre pessoas do mesmo sexo", afirma o médio Jackson Irvine.
Recorde-se que, segundo uma investigação dada a conhecer pelo jornal Guardian em fevereiro de 2021, cerca de 6500 trabalhadores provenientes da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka morreram nas obras para o Mundial do Catar desde 2010, quando a prova foi atribuída pela FIFA a este país da Ásia.