O Aves pediu esclarecimentos à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) sobre os contratos e a segurança dos atletas na retoma da Liga durante a pandemia de Covid-19.
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"Quando os nossos capitães nos perguntaram o que poderá a acontecer ao jogador que venha a ser infetado pela Covid-19, as nossas dúvidas foram muitas. Perguntamos qual a posição da Liga? Quais as atitudes e medidas a adotar além do isolamento do jogador? O mesmo estará coberto pelos atuais seguros obrigatórios? De acordo com o nosso departamento jurídico, a infeção de qualquer jogador pela Covid-19 não é seguramente um acidente de trabalho, mas não será também uma doença profissional", lê-se numa carta assinada pelo presidente da SAD, o chinês Wei Zhao.
As questões foram levantadas a partir de uma reunião realizada no início da semana entre os administradores da sociedade anónima avense, os departamentos médico e jurídicos, a equipa técnica liderada por Nuno Manta Santos e os capitães, em representação dos futebolistas do último classificado do campeonato.
"Quais as garantias e coberturas que os jogadores terão numa situação concreta de doença agravada? Quem assegura o pagamento do salário do jogador durante o período de quarentena? No caso de uma incapacidade definitiva, como e quem assegura o pagamento de uma eventual indemnização? E caso um ou mais jogadores contraiam a Covid-19 já em fase de treino coletivo ou mesmo em já em fase de competição, estes entrarão forçosamente em quarentena, mas o que se passará com os jogadores que com ele(s) contactaram?", prossegue o emblema do concelho de Santo Tirso.
Todos os parâmetros voltarão a ser reanalisados pelo clube numa reunião a decorrer esta noite de quinta-feira, confirmou fonte do Aves, poucas horas após o Governo ter autorizado a retoma à porta fechada da I Liga a partir de 30 e 31 de maio, no âmbito do plano de desconfinamento da pandemia de Covid-19.
"Muitas foram as questões que nos foram colocadas pelos nossos capitães na referida reunião, como, quando e como vão começar os treinos, quais os cuidados e regras que terão de cumprir, se serão feitos testes. É de todo o interesse que estas situações sejam atempadamente esclarecidas para evitar situações de litígios futuros e para bem da competição", acrescenta a missiva dos nortenhos.
"Apesar das infraestruturas que a CD Aves Futebol SAD dispõe estarem devidamente aprovadas e homologadas para a competição, as mesmas não estavam pensadas para as atuais exigências exigidas pela prevenção da Covid-19. Todavia, esta SAD está a preparar-se para cumprir rigorosamente com os planos de prevenção previstos e emanados quer pela Liga, quer pela DGS", termina o documento.
Fonte dos avenses afirmou que o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol já foi confrontado por alguns jogadores sobre as dúvidas levantadas na carta dirigida à FPF e à LPFP, mas terá ignorado as questões levantadas.
