Situação, divulgada pelo jornal "El Confidencial", remonta ao ano de 2017 e faz parte do "Caso Negreira", no qual o Barcelona é acusado de corrupção, abuso de confiança e registos comerciais falsos.
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O jornal espanhol "El Confidencial" publicou uma mensagem enviada, em 2017, por Javier Enríquez Romero, filho de José María Enríquez Negreira, antigo vice-presidente do Comité Técnico de Árbitros espanhol, a Albert Soler, na altura diretor do Barcelona, em que lhe terá comunicado o nome do árbitro que iria dirigir a final da Taça do Rei desse ano, três meses antes de a nomeação ser conhecida oficialmente.
"Será Clos Gómez", terá escrito Enriquez Romero, no final de fevereiro de 2017. 74 dias depois, o árbitro espanhol foi mesmo nomeado para o jogo, frente ao Alavés, que o Barça venceu por 3-1.
Este é mais um episódio no "Caso Negreira", escândalo que envolve o Barcelona e que tem centrado atenções no futebol espanhol.
Em causa está o pagamento por parte do clube catalão de mais de 7 milhões de euros, alegadamente por serviços de assessoria na área da arbitragem entre 2001 e 2008, à empresa Dasnil 95, detida por José María Enríquez Negreira.
Supostas irregularidades fiscais cometidas pela empresa expuseram, em maio de 2022, os pagamentos recebidos pelo antigo vice-presidente da Comissão Técnica de Árbitros.
O Barcelona, vários ex-dirigentes e o ex-responsável da arbitragem José Negreira foram indiciados por corrupção, abuso de confiança e registos comerciais falsos, num caso de pagamentos avultados ao antigo árbitro de futebol.
O atual presidente dos catalães, Joan Laporta, reagiu ao caso através das redes sociais, onde partilhou que "o Barça é inocente do que é acusado e vítima de uma campanha contra sua honra", prometendo "defender e provar a inocência do clube".
Este caso, no qual o clube catalão é associado ao crime de corrupção em negócios de forma continuada, vai ser apenso a um outro, resultado de uma denúncia apresentada nas últimas semanas pelo antigo árbitro e atual videoárbitro Estrada Fernández contra Negreira e a empresa Dasnil 95, por corrupção desportiva.