Baterias descarregadas e linhas mal colocadas: início de época do VAR deixa a desejar

Os dois campeonatos profissionais do futebol português vão apenas na quarta jornada, mas já têm que contar no que diz respeito à atuação e à fiabilidade do videoárbitro, tecnologia que começou a ser utilizada em 2017 e que, ainda assim, continua por afinar. 

No domingo, o F. C. Porto-Arouca também ficou marcado por polémica relacionada com o uso da ferramenta, contudo esse não foi um caso isolado. 

Logo na segunda jornada, a vitória do Sporting sobre o Casa Pia ficou manchada por um erro do VAR que validou, erradamente, um golo aos leões, que viria a ser decisivo para o triunfo sportinguista (1-2). Paulinho marcou o primeiro golo do Sporting em posição irregular, algo que não foi sancionado no momento, devido a um “erro na colocação do ponto que define a linha de fora de jogo”. “Ao invés de ser colocado no pé do avançado do Sporting [Paulinho] foi no ombro o que conduziu a um erro de análise. O golo não devia ter sido validado uma vez que o jogador encontrava-se fora de jogo por nove centímetros”, explicou o comunicado do Conselho de Arbitragem. 

Esta temporada, o VAR também passou a ser utilizado na Liga 2, algo que já causou controvérsia no Torreense-Oliveirense (3-1), também pela má colocação da linha que determina a existência, ou não, de fora de jogo. 

Ao minuto 34, Anthony Carter marcou para a equipa de Oliveira de Azeméis, mas o lance foi inviabilizado pelo VAR, embora a linha que serviu para assinalar o fora de jogo tenha sido colocada no momento errado, levantando dúvidas sobre se realmente terá havido razões para a existência de “offside”. 

De volta à Liga, o empate do F. C. Porto com o Arouca (1-1) também fica marcado por problemas relacionados com o videoárbitro, neste caso devido a uma falha de comunicação entre o árbitro principal, Miguel Nogueira, e o VAR devido a uma bateria descarregada. Isso levou Miguel Nogueira a pegar num telefone para reverter uma grande penalidade assinalada a favor dos dragões.