Águia serve vingança fria com ginga de Carreras e Di María. O S. C. Braga nunca se encontrou.
Corpo do artigo
Um Benfica dominador, pressionante e autoritário precisou apenas pouco mais de meia hora para arrumar o Braga e garantir a presença, pela nona vez, na final da Taça da Liga, marcando novo dérbi, no sábado, com o Sporting.
Pressionado por duas derrotas consecutivas e a fama de “chegar tarde” às discussões, desta vez, as águias mostraram uma vontade inequívoca de escrever a história e agarrar o destino desde o apito inicial. A classe e ginga de Di María e Carreras materializaram o ascendente ofensivo com três golpes de esquerda (pé utilizado nos três tentos), numa espécie de vingança, depois da derrota (1-2) no campeonato.
As águias revelaram vontade, mandaram no jogo e impuseram a lei perante um oponente que não passou de uma verdadeira sombra do encontro anterior. O Benfica teve todo o mérito, mas o Braga também aceitou a superioridade, sem grande resistência, e sucumbiu cedo.
O Benfica entrou pressionante com Aursnes a comandar a ação junto a Pavlidis e a limitar a saída. Os minhotos, sem problemas de consciência, não correram riscos, preferiram saídas limpas (bolas longas), baixaram linhas e tentaram suster a águia.
Tomás Araújo e Di María viram a barra e Marin adiarem o sucesso da equipa. Carreras gingou à Di María e Matheus ainda susteve o remate do espanhol, mas já não fez o mesmo com o do argentino.
Ainda o Braga tentava levantar-se e já o lateral espanhol aplicava novo golpe. Dois choques consecutivos e duros para o onze de Carvalhal. A equipa minhota tentou reagir, mas a águia manteve-se confiante e Di María abriu novamente o frasco do perfume ao encostar quase de pantufas para o 3-0.
Numa posição confortável e com os índices anímicos elevados, os encarnados geriram a vantagem, embora faltasse quase uma hora da discussão.
Com a narrativa e história definida houve excesso de individualismo, algumas boas jogadas, mas pouco rigor competitivo. Schjelderup, Di María e Otamendi falharam o caminho da goleada. Bruma também esteve perto de marcar.
Análise
Sinal mais
Di María e Carreras deram magia à equipa. Schjelderup concedeu sinais positivos, mas foi “menino” a rematar.
Sinal menos
Bruma perdeu a chance de devolver esperança e Jónatas, infeliz, precisou apenas de cinco minutos para ser expulso.
Árbitro
Aceitou quase sempre e bem as indicações da equipa (auxiliares e VAR), quer nos lances anulados, quer na expulsão de Jónatas.