O resultado líquido da SAD do Benfica no primeiro semestre da época 2019/20 (entre 1 de julho e 31 de dezembro) foi de 104,153 milhões de euros, o que representa um aumento de 639,8% em relação ao período homólogo anterior, que tinha fechado com 14 milhões de euros positivos.
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No Relatório e Contas entregue à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, esta sexta-feira, a SAD das águias lembra que este é o sexto ano consecutivo que apresenta lucro nos primeiros seis meses de atividade, sendo que os resultados representam o melhor desempenho de sempre em todo o futebol português.
O resultado operacional, incluindo transações de direitos de jogadores, ascende a 116,7 milhões de euros, o que corresponde a uma melhoria de 494,2% face a 2018/19, no qual atingiu os 19,6 milhões de euros.
Os valores deste primeiro semestre foram inflacionados pela venda de João Félix ao Atlético de Madrid, num negócio total de 126 milhões de euros, transferência que gerou uma mais-valia de 108,2 milhões de euros.
Segundo a SAD benfiquista, o encaixe financeiro com este negócio foi "um facto extraordinário, que não deve ser acompanhado por um significativo incremento dos gastos operacionais ou pela criação de compromissos futuros que não são sustentáveis para a realidade económica em Portugal".
Os rendimentos operacionais sem transações de direitos de atletas ascendem a 101,9 milhões de euros, o que representa um crescimento de 8,8% (93,7 milhões de euros em 2018/19). Esta variante inclui as receitas com os camarotes, "executive seats", "red pass premium", rendas de espaço e visitas ao museu e estádio.
Os rendimentos com transações de direitos de atletas superam os 137 milhões de euros e o resultado com transações de direitos de atletas ascende a 124 milhões de euros. Um crescimento de 362,4% e 484,1%, respetivamente, ambos influenciados pela venda de João Félix.
No total, o rendimento da SAD foi superior a 244,3 milhões de euros (94,3% de aumento), superando "qualquer valor que, no passado, a Benfica SAD tenha obtido num semestre".
O ativo da SAD ascende, agora, aos 608,705 milhões de euros (+25,8%), enquanto o passivo também cresceu, mas de uma forma mais controlada, para os 385,319 milhões de euros (+5,7%).