Num clássico emocionante, entre duas equipas que repartiram momentos de domínio ao longo do encontro, o Benfica derrotou o líder da fase regular da Liga, F. C. Porto, por 84-78. José Silva, com seis triplos convertidos, e Toney Douglas foram as figuras no lado encarnado, enquanto Tanner Omlid se destacou nos dragões.
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Um bom arranque no jogo permitiu ao Benfica atingir, com alguma naturalidade, tal era a sua superioridade em campo, a dezena de pontos de vantagem (13-3), a meio do período inicial. O F. C. Porto ainda conseguiu responder a este primeiro avanço dos encarnados, encurtando a diferença para a apenas dois pontos no início do segundo parcial (18-16), mas as águias não demoraram a voltar a fugir no marcador, desta vez de forma bem mais decidida.
Sem capacidade para contrariar o jogo exterior dos lisboetas, o F. C. Porto, órfão do talento e da clarividência do base Anthony Barber no ataque, via José Silva (quatro triplos só na primeira parte) e companhia deixar o bem composto Pavilhão Fidelidade ao rubro. O Benfica chegou a ter uma vantagem de 18 pontos (45-27), que os dragões encurtaram, ainda que de forma ténue, até ao fecho da etapa inicial (45-31).
Na eficácia nos lançamentos de três pontos (sete convertidos pelos encarnados contra apenas um dos portistas) está grande parte da explicação para a margem folgada favorável ao Benfica que se registava ao intervalo. Outro dado estatístico importante prende-se com o volume de perdas de bola, com os dragões a acumularem 12 e as águias apenas cinco.
No entanto, o intervalo mudou por completo a face do encontro. Dos balneários regressou um F. C. Porto mais agressivo a defender e mais eficaz da linha dos três pontos (três triplos concretizados em sete tentativas), liderado pelo até então transparente Barber. O norte-americano fez sete pontos e duas assistências num terceiro parcial endiabrado dos dragões (12-23), que deixou o resultado totalmente em aberto para o quarto parcial (57-54).
A recuperação portista no marcador ficou completa logo a abrir o último quarto (59-59), mas a verdade é que os dragões nunca conseguiram passar para a frente do resultado, apesar de terem tido algumas bolas para fazê-lo. Mérito, também, para a capacidade de reação do Benfica, que depois de um terceiro período anémico em termos ofensivos, passou a disparar triplos de todas as zonas do terreno (converteu cinco no quarto período), com destaque natural para José Silva (seis triplos) e Toney Douglas (três triplos).
O F. C. Porto pode ser apanhado na liderança da fase regular da Liga ainda esta tarde, caso o Sporting vença, nos Açores, o "lanterna vermelha" Lusitânia. O Benfica continua na terceira posição, agora a apenas um triunfo de distância dos portistas.