Águia realizou primeira parte calculista. Pavildis, Di María e Amdouni falharam oportunidades. Benfica empatou com o Bolonha, sem golos, mas criou várias oportunidades para garantir os três pontos na Liga dos Campeões. Guarda-redes da equipa italiana foi decisivo.
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O Benfica empatou na Luz diante o Bolonha e conserva boas perspetivas de se apurar para os oitavos de final por via do play-off. Mas o resultado sabe a pouco, depois da qualidade ofensiva evidenciada e pelo número de oportunidades (Pavlidis, Di Maria e Amdouni) criadas na segunda parte, embora tenha faltado arte e letalidade para a estocada final.
A ténue diferença entre o céu de uma vitória e o inferno da derrota na luta pelos pontos do apuramento explica parte da atitude calculista, ponderada e muito fundamentada na preocupação de não errar na primeira parte. Aí, o medo de perder seria mais forte e o Benfica foi uma equipa expectante e quase cínica, muito à maneira italiana. O soltar de amarras e os riscos assumidos na segunda etapa deixaram-na perto da glória, mas faltou faísca e o tão desejado golo para carimbar o sucesso. O empate acaba por ter um sabor agridoce, mas mantém a equipa com boa perspetiva de apuramento, apesar do calendário terrível com o Barcelona e Juventus.
Pavlidis revelou sangue frio e marcou na fase inicial do jogo, só que estava em fora de jogo. Uma entrada prometedora, mas que não se confirmou nos minutos seguintes. O Bolonha reagiu ao sobressalto inicial e esteve mais confortável a pressionar e a estancar as águias.
Nesse sentido, os italianos podiam ter marcado, mas Trubin mergulhou de forma felina para tirar a bola de Dallinga que surgia isolado. Um sinal da superioridade transalpina que venceu o jogo de forças estratégico, perante um Benfica que aceitou a posse de bola adversária e tentou o controlo territorial.
O domínio visitante só foi quebrado por um raide de Di María, quase à meia hora de jogo, e que acordou a Luz. A aposta no contra-ataque tornou-se a alternativa evidente. E um golpe de mágica de Carreras criou outro grande momento de Di María, mas o guarda-redes Skorupski, que fez uma grande exibição, negou o festejo argentino. Com a Luz ainda a vibrar Carreras esteve novamente na zona de tiro.
Na etapa complementar, as águias adiantaram linhas, foram mais agressivas e intensas. Pavlidis, Di María e Amdouni, este por duas vezes, podiam ter alterado a narrativa, mas Skorupski, mais uma vez, esteve intransponível.