Encarnados precisam de triunfo ou empate para sonhar com oitavos. Barça foi humilhado na Luz e pretende desforra.
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Os encarnados jogam na terça-feira em Barcelona (às 20 horas na TVI) o tudo ou nada na Liga dos Campeões. A derrota significa o adeus à fase seguinte, já a vitória e mesmo o empate podem ser sinónimos de continuidade na prova face ao calendário na última jornada: o Benfica recebe o Dinamo de Kiev e o conjunto espanhol desloca-se a Munique para defrontar o Bayern, o que, no plano teórico, é um cenário vantajoso. Tudo depende do resultado de terça-feira frente a uma equipa que está mais sólida do ponto de vista mental, devido à recém-chegada do treinador Xavi Hernández e moralizada pelo triunfo no dérbi catalão com o Espanhol. O antigo jogador, formado na cantera do clube, tenta devolver a mística, quando os blaugrana ainda recuperam a identidade depois da saída de Messi para o PSG.
Afundado em problemas financeiros e muito longe do rendimento de outros tempos, o Barcelona ocupa a sétima posição na Liga espanhola e quer também vingar a humilhação sofrida na Luz, onde perdeu, por 3-0, em setembro. Foi o primeiro desaire frente ao Benfica, em 60 anos.
Por outro lado, as águias pretendem aproveitar o bom momento (vêm de vitórias gordas sobre o Braga e o Paços de Ferreira) para ficar mais perto dos oitavos, etapa que não atingem desde 2016/17. Aliás, em 15 participações na fase de grupos na competição milionária, o Benfica só passou em cinco ocasiões. Nunca venceu em Camp Nou, mas Espanha não é sempre sinónimo de derrotas: em 2015, por exemplo, alcançou um triunfo muito importante frente ao Atlético Madrid, por 2-1, no antigo Estádio Vicente Calderón.
Apesar de algumas baixas, como as de Lucas Veríssimo e de Radonijc, Jorge Jesus quer fazer história em Barcelona, mantendo-se ao fiel ao esquema tático de três centrais que adotou nesta temporada. Alvo do interesse do Barcelona no último mercado de transferências, Darwin bisou na partida da Luz e deve ser titular, ao lado de Everton e de Rafa. Na defesa, Lázaro pode ser o eleito para atuar no lado direito.
Além da performance desportiva, a componente financeira também é crucial. Fruto de uma vitória e de um empate, o Benfica já amealhou 41 milhões de euros (o prémio de presença foi de 37,2 milhões) na presente edição e, se chegar aos oitavos, adiciona mais 9,6 milhões.