Benfica pode não cumprir lei da centralização de direitos televisivos e F. C. Porto reage
Rui Costa disse que o clube da Luz não irá respeitar a nova legislação caso se sinta prejudicado.
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Durante a Assembleia Geral do Benfica, realizada na noite de quinta-feira, Rui Costa arrancou fortes aplausos à plateia com uma declaração polémica sobre a questão da centralização dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da Liga portuguesa, prevista para 2027.
"Toda a gente fala muito desta transição, ainda não há datas. O único dado que há, e o presidente da Liga [Pedro Proença] sabe perfeitamente qual é a nossa posição. Apesar de a lei ser governamental, o Benfica não irá cumprir lei nenhuma se se sentir prejudicado", afirmou o presidente do clube da Luz.
Esta sexta-feira, o F. C. Porto reagiu à declaração do líder benfiquista, através de um tweet do diretor de informação, Francisco J. Marques. "E novidades?", questionou o diretor portista, numa frase acompanhada de uma imagem em que se pode ler o título de uma notícia: "Benfica não irá cumprir nenhuma Lei se se sentir prejudicado".
Ainda na Assembleia Geral do Benfica, Rui Costa abordou o apoio dado pelo clube à reeleição de Proença para a presidência da Liga Portugal. "Mais do que apoiar A, B ou C, estivemos perante uma candidatura única e Pedro Proença teve o apoio de 33 clubes, tendo sido o Benfica o último a dar o seu contributo. Seria mais aceite por toda a gente se da minha parte dissesse que somos contra tudo e todos, usando a velha expressão de que não precisamos de ninguém", disse.
"Mas, neste momento concreto, a tomada de decisão de apoio a Pedro Proença tem muito a ver com o facto de considerar que não interessa ao Benfica andar na autoestrada ao contrário. Fizemo-lo durante os últimos três anos e, inclusive, estamos fora da Direção da Liga. Até para o calendário dos jogos estamos fora. E o que me pedem é que o Benfica esteja no centro das decisões. Provavelmente, como fizemos noutros tempos - e como fizemos agora esta meia revolta com a Federação de Basquetebol -, poderá acontecer aqui também. Mas, neste momento da vida do Benfica, considero que não teríamos rigorosamente nada a ganhar, com 33 apoiantes, em estar do outro lado. Não acredito que seja forma ir contra o mundo inteiro", acrescentou o dirigente.