Cinquenta e três dias depois da apoteose do título nacional no Estádio da Luz, o plantel do Benfica voltou ontem a sentir o carinho dos adeptos no regresso ao relvado. Cerca de 1500 entusiastas receberam a equipa com aplausos e cânticos no primeiro treino aberto.
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O número de simpatizantes não podia naturalmente igualar a ordem de grandeza da última jornada da Liga, mas a vontade e paixão eram similares, facto que forçou os elementos do grupo a agradecer com a respectiva vénia no centro do relvado do campo de treinos do Seixal.
A confiança na performance desportiva é notória entre os seguidores e o optimismo reinou nas bancadas, quer nas conversas entre adeptos quer nas várias tarjas de apoio. Numa delas, quase da largura da bancada, podia ler-se: “O nosso destino é vencer”, mensagem para os jogadores, em especial para os recém-chegados.
A preparação ainda se encontra numa fase embrionária. Mas a ânsia e curiosidade dos presentes centrou-se na movimentação das novas caras, sobretudo o guarda-redes espanhol Roberto e os argentinos Gaitan e Jara.
Ao quarto dia de trabalho, Jorge Jesus resolveu presentear os atletas e os simpatizantes com uma peladinha.
O ritmo foi naturalmente baixo e os dois argentinos mostraram alguns pormenores. Jara esteve mais activo que o extremo.
Todavia, Roberto Jimenez acabou por ser o principal alvo das atenções. Primeiro, revelou alguma dificuldade em acompanhar o ritmo dos companheiros durante uma espécie de teste cooper.
O atraso em relação ao pelotão foi notado por David Luiz que recuou com intuito de ajudar o espanhol a superar o desgaste físico. Os adeptos reconheceram o esforço e incentivaram o guarda-redes, que conseguiu recuperar e reintegrar-se no grupo.
No campo, o próximo titular das águias demonstrou estampa física, agilidade e segurança numa das poucas intervenções a que foi chamado, durante a peladinha.