O Benfica qualificou-se esta terça-feira à noite para a quarta final consecutiva da Taça da Liga em futebol, depois de vencer o F.C. Porto por 3-2 , no Estádio da Luz. Cardozo, que entrou aos 66 minutos, acabou por ser o jogador-chave da partida.
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O Benfica venceu o F.C. Porto por 3-2 e qualificou-se para a final da Taça da Liga em futebol, num jogo semelhante ao do campeonato, mas diferente no resultado e no jogador-chave da partida, Cardozo, em vez de James.
A entrada do colombiano do F.C. Porto aos 63 minutos, quando o resultado estava 2-2, fez pairar a sombra do que se passara no jogo do campeonato, no qual James entrou na segunda parte, acabadinho de chegar de Miami, para desempenhar papel decisivo no desfecho da partida (3-2 para os portistas).
No entanto, não seria, desta vez, James a ser o fator de desequilíbrio numa segunda parte equilibrada, mas sim Cardozo, que Jorge Jesus lançou em campo aos 66 minutos, para o lugar de Nelson Oliveira.
O paraguaio fez aquilo que mais ninguém conseguiu na segunda parte, marcar um golo, numa jogada de entendimento com Gaitán, também ele entrado após o intervalo a render Bruno César, aos 56 minutos, na qual se isolou e "fuzilou" Bracali com a eficácia que caracteriza os grandes goleadores.
Ao contrário da primeira parte, na qual o F.C. Porto voltou a ser superior ao Benfica, a segunda foi bem mais equilibrada, sobretudo pela quebra de rendimento de Lucho que levou à sua substituição por James, e podia ter pendido para qualquer dos lados.
Outro fator determinante para o abaixamento do FC Porto foi o "eclipse" de Hulk na segunda parte, quando na primeira tinha sido um "quebra-cabeças" para a defesa encarnada, em particular para Capdevilla, cuja experiência e inteligência tática foram decisivas para "secar" o brasileiro na etapa complementar.
O Benfica voltou a sentir grandes dificuldades, tal como no jogo do campeonato, face ao "pressing" alto do F.C. Porto, e nem o golo prematuro de Maxi Pereira, logo aos quatro minutos, serviu para os encarnados tomarem conta do jogo.
Pelo contrário, a reação portista foi imediata, quatro minutos depois Lucho Gonzalez restabeleceu a igualdade e abriu caminho para uma primeira parte em que o FC Porto esteve quase sempre "por cima", a controlar o Benfica e a marcar o ritmo da partida, sempre mais perigoso nas sua ações ofensivas.
Quando aos 17 minutos, Mangala fez o 2-1, na sequência da execução de um livre, não surpreendeu ninguém no estádio e refletiu o ascendente portista.
O Benfica tremeu, em particular o lado esquerdo da sua defesa, com Capedvilla a "não segurar" Hulk e Jardel nervosíssimo, ao mesmo tempo que a equipa sentia enormes dificuldades nas transições ofensivas, logo bloqueadas pelo F.C. Porto ainda no meio-campo encarnado, não permitindo que a bola chegasse aos pés de Aimar em boas condições.
A primeira meia hora foi claramente do F.C. Porto e só no final da primeira parte é que o Benfica começou a libertar-se do "colete de forças" portista e a chegar com mais gente e a bola jogável à área portista.
Mesmo assim, o Benfica só criava perigo em lances de bola parada, tendo por essa via, aos 33 e aos 37 minutos, feito embater a bola nos postes e na barra, acabando por chegar ao 2-2 justamente na sequência de um livre de Aimar, com Nolito a empurrar a bola cruzada por Javi para o fundo das redes.
Na segunda parte, o cariz da partida alterou-se, o F.C. Porto perdeu "capacidade de pressing" a meio-campo, muito por "culpa" do "estoiro" de Lucho, o que significou perder mais vezes a bola e capacidade de definição do jogo no último terço do campo, permitindo ao Benfica assentar e dar mais profundidade ao seu jogo, fazendo chegar a bola aos pés de Aimar em melhores condições.
Estava o jogo meio atado quando se iniciou a dança das substituições nos dois "bancos", com Jesus a lançar Gaitán e Cardozo, e Vítor Pereira a jogar os "trunfos" James e Janko.
Se no jogo do campeonato, o treinador portista esteve mais inspirado e foi mais competente, desta vez Jorge Jesus levou vantagem ao lançar os dois jogadores que congeminaram a jogada que fez toda a diferença na partida.