Bergwijn respondeu, esta sexta-feira, às declarações de Koeman, sobre não ter intenções de convocar o jogador por este ir para o futebol saudita. O extremo do Al Ittihad revelou estar desiludido com o selecionador neerlandês. "Foi sempre uma honra jogar na seleção holandesa, mas com este selecionador não quero mais".
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"Steven Bergwijn vai para a Arábia Saudita aos 26 anos. É evidente que isto nada tem a ver com ambição desportiva. O livro dele na seleção neerlandesa está fechado. Ele provavelmente sabe que eu o diria", declarou Ronald Koeman, na terça-feira, na antevisão do duelo frente à Bósnia.
O comentário teve repercussão mundial e não agradou de todo ao visado. Em resposta, numa entrevista concedida ao "De Telegraaf", jornal neerlandês, Steven Bergwijn mostrou estar desilusido com a reação.
"Se fosse um treinador comprometido ter-me-ia contactado primeiro, mas tive de ouvir pela televisão. Vivi muitos momentos maravilhosos com ele, daí que esteja dececionado. Não é desta forma que se trata as pessoas, e se continuar assim, irá perder toda a credibilidade", referiu.
O extremo, que no fecho do mercado assinou pelo Al Ittihad, numa polémica que envolveu Galeno, mostrou não estar de acordo com a ideia de Ronald Koeman quanto à competitivade no país saudita, dando, em contrapartida, os exemplos de Kanté e Laporte que estiveram em grande plano no Euro 2024.
"Incomodou-me ter dito que não era um passo desportivo. Posso assegurar-te que a competição na Arábia é maior do que na Holanda e vê-se pelos jogadores de topo que jogam lá. Dizem que um jogador tem de deixar a liga holandesa para evoluir e eu tenho de ficar?", questionou.
Steven Bergwijn diz não querer representar mais a seleção dos Países Baixos na era Koeman, mas não fecha as portas com outro selecionador.
"Foi sempre uma honra jogar na seleção holandesa, mas com este selecionador não quero mais. Estou cansado de alguém que me trata sempre assim na comunicação social. Quem sabe no futuro teremos um novo selecionador e por isso não fecho as portas. Irei sempre apoiar os meus colegas, tal como eles fazem comigo", finalizou.