O internacional português abriu o livro numa entrevista concedida a Fátima Campos Ferreira, no programa "Primeira Pessoa". Bernardo Silva mostrou alguma mágoa pela forma como saiu dos encarnados, mas assumiu ter vontade de regressar. Jogar pelo F. C. Porto ou Sporting não entra nos planos.
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O craque do Manchester City recordou a saída do Benfica, na temporada de 2014/2015, rumo ao Mónaco, por um valor próximo dos 15,7 milhões de euros. Num breve teaser, de uma entrevista que sai na integra quarta-feira, na RTP, Bernardo recordou, com alguma tristeza, o processo de transição para a equipa monegasca. "Achei que o clube poderia ter-me segurado de outra forma. Mas há um grupo de quatro ou cinco pessoas que se percebessem de futebol, diria eu, teriam visto as coisas de outra forma", referiu, não escondendo, todavia, o desejo de regressar à velha casa: "Se na altura o clube me quiser, obviamente que as coisas vão acontecer", comentou, afirmando que regressar a Portugal pela porta do F. C. Porto ou do Sporting "não vai acontecer".
O internacional português lembra, ainda, um capítulo na infância que serviu de base para reforçar um pouco mais a ânsia e o desejo em singrar no mundo futebolístico. "Disseram-me na formação do Benfica: 'filho de doutor não dá jogador'. E eu levei um bocadinho a peito e fiz de tudo para que desse", evocou, num comentário após uma época de enorme sucesso.
No momento de recordar as conquistas da temporada transata, Bernardo Silva, convictamente, diz ser muito complicado repetir a dose. "A estabilidade emocional é das coisas mais importantes na vida de uma pessoa. Neste último ano, ao nível profissional, ganho a Liga dos Campeões e o Campeonato Inglês. E a nível pessoal casámos e tivemos a nossa primeira filha. Não sei como será possível repetir ou melhorar um ano como este. Acho que será muito difícil", aponta.
No entanto, o internacional português não esconde que ainda há objetivos por cumprir, principalmente de quinas ao peito, levantando um pouco o véu às pretensões para a próxima competição. "Uma das falhas da minha carreira é nunca ter conseguido ajudar Portugal num Europeu ou num Mundial a chegar um bocadinho mais longe. Vamos jogar para ganhar [Europeu], há uma responsabilidade muito grande desta geração ter sucesso", termina.