O avançado português é um dos destaques na Udinese, dois anos depois de representar o Olímpico do Montijo, do Campeonato de Portugal. Há pouco tempo, conciliava o futebol com um emprego no KFC.
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Em dois anos, Beto passou do Olímpico do Montijo para a liga italiana, depois de a Udinese o contratar ao Portimonense. Esta época, o avançado português já leva dez golos na Serie A italiana e, aos 25 anos, dá nas vistas na elite do Calcio.
Beto atravessa o melhor período da carreira, mas não esquece o que teve que passar para chegar onde está e a altura em que "pagar as contas pela minha mãe era como marcar um golo".
"Fui trabalhar para o KFC (rede de restaurantes de fast-food norte-americana especializada em frango) porque queria tirar a carta de condução com o meu próprio dinheiro. Algumas pessoas pensam que a minha história é difícil porque tive de trabalhar, mas para mim era normal. Na verdade, ri-me um pouco ali, sobretudo quando o meu primo estava a trabalhar na caixa ao lado da minha. Acordava cedo, ia diretamente para o trabalho e depois corria para o treino", lembrou, em entrevista à "Gazzetta dello Sport".
"Colocar dinheiro na mesa no final do mês para ajudar a minha família deixou-me orgulhoso", salientou.
"Ao mesmo tempo que trabalhava no restaurante de fast-food, jogava no União Tires. Disse aos meus amigos que me iria tornar profissional em cinco anos. Consegui esse objetivo em quatro", acrescentou Beto.
Do União de Tires, em 2018, passou ao Olímpico de Montijo, que competia no Campeonato de Portugal, sendo depois contratado pelo Portimonense, onde começou por se destacar na equipa sub-23, seguindo depois para a equipa principal, antes de rumar à Udinese em 2021.